Notícia
Áustria: Conservadores convidam extrema-direita para negociar coligação de governo
O líder dos conservadores austríacos, Sebastian Kurz, vencedor das eleições do passado dia 15 de Outubro, revelou ter já convidado o partido de extrema-direita FPÖ para o início de negociações tendo em vista uma coligação de governo.
24 de Outubro de 2017 às 11:33
O líder conservador austríaco, Sebastian Kurz, vencedor das legislativas de dia 15, anunciou hoje ter convidado o partido de extrema-direita FPÖ para negociações exclusivas com vista à formação de uma coligação de Governo.
"Decidi convidar Heinz-Christian Strache [líder do FPÖ] para negociações com vista à formação de um Governo", disse o jovem líder eleito, numa conferência de imprensa em Viena, afirmando ter já tido discussões preliminares "muito construtivas" com ele.
"A Áustria merece a formação rápida de um Governo estável", acrescentou Kurz, que disse esperar conseguir chegar a acordo "antes do Natal".
Estas negociações abrem a porta a um regresso ao poder do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), 17 anos após ter participado no executivo de um outro conservador, Wolfgang Schüssel.
Tanto o Partido do Povo de Kurz como o Partido da Liberdade defenderam, durante a campanha eleitoral, a necessidade de um maior controlo da imigração, de deportações rápidas dos requerentes de asilo cujos pedidos sejam negados e uma repressão do islão radical.
O chefe de Estado federal da Áustria, Alexander Van der Bellen, encarregou na sexta-feira o líder do conservador Partido do Povo (ÖVP), Sebastian Kurz, de 31 anos, de formar Governo, na sequência da vitória nas eleições legislativas de domingo passado.
Na ocasião, o Presidente pediu respeito pelos direitos humanos e "um compromisso claro" com a União Europeia.
Uma "condição básica" para a formação de um novo Governo, garantiu hoje o líder conservador, é uma "clara direcção pró-Europeia".
"A Áustria só poderá ser forte se não formos apenas membros da União Europeia, mas também se ajudarmos activamente a fortalecer a União Europeia" disse Kurz.
A Áustria assumirá a presidência rotativa da UE no segundo semestre do próximo ano.
Kurz, que assumiu o controlo do seu partido em maio passado, ganhou as eleições com 31,47% dos votos, elegendo 62 dos 183 lugares da câmara baixa austríaca, mais 15 do que tinha até agora, segundo os resultados definitivos conhecidos esta quinta-feira.
Nas eleições, o segundo partido mais votado foi o social-democrata (SPÖ), do chanceler federal, Christian Kern, que conseguiu manter estável o apoio eleitoral, com um resultado de 26,86% (manteve os 52 deputados), enquanto a extrema-direita (FPÖ) obteve 25,97% dos votos (51 assentos, mais 11 que nas eleições de 2013).
Hoje, Kurz disse que, depois de reunir-se com todos os outros partidos com assento parlamentar, decidiu convidar o FPÖ para negociar uma coligação, decisão que já se esperava.
"Decidi convidar Heinz-Christian Strache [líder do FPÖ] para negociações com vista à formação de um Governo", disse o jovem líder eleito, numa conferência de imprensa em Viena, afirmando ter já tido discussões preliminares "muito construtivas" com ele.
Estas negociações abrem a porta a um regresso ao poder do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), 17 anos após ter participado no executivo de um outro conservador, Wolfgang Schüssel.
Tanto o Partido do Povo de Kurz como o Partido da Liberdade defenderam, durante a campanha eleitoral, a necessidade de um maior controlo da imigração, de deportações rápidas dos requerentes de asilo cujos pedidos sejam negados e uma repressão do islão radical.
O chefe de Estado federal da Áustria, Alexander Van der Bellen, encarregou na sexta-feira o líder do conservador Partido do Povo (ÖVP), Sebastian Kurz, de 31 anos, de formar Governo, na sequência da vitória nas eleições legislativas de domingo passado.
Na ocasião, o Presidente pediu respeito pelos direitos humanos e "um compromisso claro" com a União Europeia.
Uma "condição básica" para a formação de um novo Governo, garantiu hoje o líder conservador, é uma "clara direcção pró-Europeia".
"A Áustria só poderá ser forte se não formos apenas membros da União Europeia, mas também se ajudarmos activamente a fortalecer a União Europeia" disse Kurz.
A Áustria assumirá a presidência rotativa da UE no segundo semestre do próximo ano.
Kurz, que assumiu o controlo do seu partido em maio passado, ganhou as eleições com 31,47% dos votos, elegendo 62 dos 183 lugares da câmara baixa austríaca, mais 15 do que tinha até agora, segundo os resultados definitivos conhecidos esta quinta-feira.
Nas eleições, o segundo partido mais votado foi o social-democrata (SPÖ), do chanceler federal, Christian Kern, que conseguiu manter estável o apoio eleitoral, com um resultado de 26,86% (manteve os 52 deputados), enquanto a extrema-direita (FPÖ) obteve 25,97% dos votos (51 assentos, mais 11 que nas eleições de 2013).
Hoje, Kurz disse que, depois de reunir-se com todos os outros partidos com assento parlamentar, decidiu convidar o FPÖ para negociar uma coligação, decisão que já se esperava.