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UGT quer subida de 8,5% no salário mínimo para 765 euros

Depois de o Governo ter admitido um salário mínimo acima dos 750 euros em janeiro, a UGT aprovou a sua política reivindicativa onde pede mais 15 euros. Para os salários da Função Pública e para as negociações do privado propõe 7,5%.

Vítor Chi
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A UGT defende que o salário mínimo nacional deve subir 8,5% em janeiro para 765 euros por mês, em vez dos 750 euros que estavam inicialmente previstos.

O valor consta da proposta reivindicativa que acaba de ser aprovada esta quinta-feira, um dia depois de lançadas as negociações para um acordo de competitividade e rendimentos com o Governo que também inclui o salário mínimo nacional.

"Pela necessidade de continuar uma trajetória de efetiva valorização do salário mínimo e do seu fundamental papel social, a UGT defende que o mesmo se deverá fixar em 765 euros em janeiro de 2023", pode ler-se no documento que continua a apontar para a meta de 1000 euros em 2026.

Inicialmente estava previsto que o salário mínimo subisse para 750 euros, mas esta quarta-feira o Governo assumiu, na proposta que entregou aos sindicatos, que "em 2023, o aumento da remuneração mínima mensal garantida deve assegurar um diferencial adicional para compensar os impactos da inflação".

Isto porque o valor aumentou 6% este ano, quando o Governo espera uma inflação de 7,4%. Para o próximo, com a subida para os 750 euros que o primeiro-ministro defendia em abril, haveria um crescimento de 6,4%. O Governo não explicou qual o valor que defende. A UGT é a habitual parceira sindical nos acordos em concertação social.

Aumentos de 7,5%

Para os restantes salários da economia a UGT defende aumentos de 7,5% tanto no setor público como no setor privado, com o valor mínimo de 60 euros.

De acordo com o Conselho das Finanças Públicas a inflação deverá situar-se nos 7,7% este ano e nos 5,1% no ano seguinte.

O Governo sustentou ontem que os salários devem subir 4,8% ao ano até 2026, e já admitiu que a orientação, que fica aquém dos preços, destina-se a evitar uma "espiral inflacionista".

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