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Há seis anos e meio que desemprego não estava tão baixo (act.)

A taxa de desemprego em Portugal não se alterou em Junho - ficou nos 11,2% - mas essa avaliação esconde uma revisão em baixa de 0,4 pontos percentuais do valor de Maio. Na realidade, em três meses o desemprego passou de 12% para 11,2%.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Julho de 2016 às 11:05
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O desemprego em Portugal está no nível mais baixo desde Novembro de 2009, mostram os dados publicados esta quinta-feira, 28 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os números podem criar alguma confusão: a taxa ajustada de sazonalidade fixou-se nos 11,2% em Junho, exactamente o mesmo valor de Maio. No entanto, o INE fez agora uma revisão em baixa da taxa de desemprego de Maio, passando-a de 11,6% para 11,2%.

Isto é, embora a taxa tenha ficado na mesma, a situação está melhor do que se pensava há um mês. Estes 11,2% são o valor mais baixo em seis anos e meio e ficam abaixo do objectivo do Governo para este ano, colocado em 11,4%. 

"Em Junho de 2016, a estimativa provisória da população desempregada foi de 568,8 mil pessoas, menos 4,0 mil (0,7%) do que no mês anterior. Neste mês, assistiu-se a um decréscimo mensal na população desempregada de homens (2,0%; 5,9 mil) e de jovens (3,2%; 3,3 mil). A população desempregada de adultos manteve-se praticamente inalterada face ao mês anterior e a população desempregada de mulheres aumentou (0,7%; 1,9 mil)", pode ler-se na nota do INE. 

Essa é a comparação com Maio. Porém, devido à revisão dos valores feita nesse mês, pode ser útil olhar mais para trás. Entre Abril e Junho, o número de desempregados diminuiu 23 mil. 

Até aqui, temos falado de valores ajustados de sazonalidade. Se a análise for feita aos valores não ajustados, a taxa de desemprego está agora nos 10,7%, o que representa uma descida de quase dois pontos percentuais face a Março deste ano e a menos 76 mil portugueses desempregados. É também o valor mais baixo desde 2009 e fica bastante abaixo da meta do Ministério das Finanças. 

Contudo, importa referir que estes valores não ajustados são influenciados pelo efeito positivo que o Verão tende a ter na criação de emprego. Tanto os valores ajustados como não ajustados de Junho são provisórios. Só dentro de um mês será publicado o valor definitivo. 


Emprego também avança

No emprego, as boas notícias têm sido mais tímidas. Ainda assim, em Junho houve um aumento de 7,7 mil pessoas com trabalho. O único grupo que não melhorou foram as mulheres. Homens (7,8 mil), adultos (4 mil) e jovens (3,7 mil) reforçaram o número de empregados. Se a comparação for feita com Abril, 

Em Junho, a taxa de semprego ficou assim nos 58,1%, mais 0,2 pontos percentuais do que em Maio. 

(Notícia em actualização)
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