Notícia
Taxa de desemprego deverá ter ficado em torno dos 8,2% em 2017
A taxa de desemprego para o conjunto de 2017 deverá ter ficado em torno dos 8,2%, abaixo da estimativa do Governo de 9,2%, de acordo com analistas contactados pela agência Lusa, que prevêem uma nova quebra para 2018.
06 de Fevereiro de 2018 às 13:04
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quarta-feira, 7 de Fevereiro, as Estatísticas do Emprego relativas ao quarto trimestre, incluindo a taxa anual apurada para 2017, depois de em 2016 o desemprego se ter situado nos 11,1%.
No ano passado, a taxa de desemprego apurada pelo INE para o primeiro trimestre situou-se nos 10,1%, baixando no segundo trimestre para os 8,8% e no terceiro trimestre para os 8,5%.
Em termos mensais, a estimativa provisória do instituto para Dezembro é de que a taxa de desemprego se tenha situado nos 7,8%, baixando dos 8,1% observados em Novembro, o valor mínimo registado desde Novembro de 2004.
Para o economista-chefe do Montepio Geral, Rui Bernardes Serra, para o quarto trimestre, estima-se uma nova descida da taxa de desemprego trimestral para os 8,2%, apontando-se um valor médio de 8,9% para o conjunto do ano.
Este valor fica em linha com os 8,9% estimados pelo Banco de Portugal (BdP) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e abaixo dos valores estimados pelo Governo no Orçamento do Estado para 2018 (9,2%).
Para 2018, Rui Bernardes Serra estima uma nova redução para os 7,8%, um valor em linha com o previsto pelo BdP (7,8%), mas bem inferior ao previsto pelo Governo (8,6%) e pelo FMI (8,4%).
Paula Gonçalves Carvalho, da Unidade Estudos Económicos e Financeiros do Banco BPI, estima igualmente que a taxa de desemprego no conjunto de 2017 se tenha situado nos 8,9% e que volte a baixar em 2018 e 2019, para os 7,9% e 7,4%.
Para o quarto trimestre, em concreto, estima igualmente que a taxa de desemprego se situe em torno dos 8,2%.
Para o gestor da corretora XTB, Eduardo Silva, as expectativas para o mercado laboral "são as melhores".
"O optimismo em torno do mercado laboral é notório. O mercado está preparado para que 2018 seja novamente um ano forte em contratações e crescimento. Anos de facilitismo monetário e crescimento têm impacto evidente no mercado laboral, antes da normalização monetária ainda deveremos continuar a assistir a uma evolução positiva nos números do desemprego", referiu à agência Lusa.
Apesar do crescimento, certos sectores deverão registar uma maior procura, como as engenharias, tecnologias de informação e comerciais e, por esta razão, Eduardo Silva perspectiva uma evolução positiva também nos empregos para os mais jovens.
Na mesma linha, o economista do Banco Carregosa, Rui Bárbara, diz esperar que se mantenha a tendência de descida, em termos homólogos, "dada a dinâmica da economia portuguesa, que tem sido a da retoma da economia interna, ajudada pelo fluxo de investimento externo - não necessariamente reprodutivo, como o investimento em fábricas, mas tem havido entrada de investimento, nomeadamente, para o imobiliário".
"Esta descida da taxa de desemprego já não é feita maioritariamente à custa da diminuição da população activa, mas sim à custa de criação de emprego novo até porque, dada a situação das respectivas economias, Angola e Brasil já não atraem tantos emigrantes portugueses", apontou.
No ano passado, a taxa de desemprego apurada pelo INE para o primeiro trimestre situou-se nos 10,1%, baixando no segundo trimestre para os 8,8% e no terceiro trimestre para os 8,5%.
Para o economista-chefe do Montepio Geral, Rui Bernardes Serra, para o quarto trimestre, estima-se uma nova descida da taxa de desemprego trimestral para os 8,2%, apontando-se um valor médio de 8,9% para o conjunto do ano.
Este valor fica em linha com os 8,9% estimados pelo Banco de Portugal (BdP) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e abaixo dos valores estimados pelo Governo no Orçamento do Estado para 2018 (9,2%).
Para 2018, Rui Bernardes Serra estima uma nova redução para os 7,8%, um valor em linha com o previsto pelo BdP (7,8%), mas bem inferior ao previsto pelo Governo (8,6%) e pelo FMI (8,4%).
Paula Gonçalves Carvalho, da Unidade Estudos Económicos e Financeiros do Banco BPI, estima igualmente que a taxa de desemprego no conjunto de 2017 se tenha situado nos 8,9% e que volte a baixar em 2018 e 2019, para os 7,9% e 7,4%.
Para o quarto trimestre, em concreto, estima igualmente que a taxa de desemprego se situe em torno dos 8,2%.
Para o gestor da corretora XTB, Eduardo Silva, as expectativas para o mercado laboral "são as melhores".
"O optimismo em torno do mercado laboral é notório. O mercado está preparado para que 2018 seja novamente um ano forte em contratações e crescimento. Anos de facilitismo monetário e crescimento têm impacto evidente no mercado laboral, antes da normalização monetária ainda deveremos continuar a assistir a uma evolução positiva nos números do desemprego", referiu à agência Lusa.
Apesar do crescimento, certos sectores deverão registar uma maior procura, como as engenharias, tecnologias de informação e comerciais e, por esta razão, Eduardo Silva perspectiva uma evolução positiva também nos empregos para os mais jovens.
Na mesma linha, o economista do Banco Carregosa, Rui Bárbara, diz esperar que se mantenha a tendência de descida, em termos homólogos, "dada a dinâmica da economia portuguesa, que tem sido a da retoma da economia interna, ajudada pelo fluxo de investimento externo - não necessariamente reprodutivo, como o investimento em fábricas, mas tem havido entrada de investimento, nomeadamente, para o imobiliário".
"Esta descida da taxa de desemprego já não é feita maioritariamente à custa da diminuição da população activa, mas sim à custa de criação de emprego novo até porque, dada a situação das respectivas economias, Angola e Brasil já não atraem tantos emigrantes portugueses", apontou.