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Subemprego diminui, mas há mais desencorajados

A descida do desemprego real acompanha a diminuição dos números oficiais, mas continua a ser muito mais elevado: 870 mil portugueses estão alienados do mercado de trabalho.

Reuters
08 de Novembro de 2017 às 13:51
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O terceiro trimestre de 2017 trouxe uma forte queda do número de portugueses em situação de subemprego, mas essa evolução foi acompanhada por um crescimento dos desencorajados. No total, o desemprego real passou de 16,6% para 15,8%. Quase o dobro do desemprego oficial (8,5%).

 

Os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, entre Julho e Setembro deste ano, havia 178 mil portugueses que trabalhavam em part-time, mas gostavam de ter um trabalho a tempo inteiro. São os chamados "subempregados". O seu número diminuiu 16% face ao trimestre anterior (menos 33 mil pessoas). Ao mesmo tempo, o grupo de inactivos que não procurou emprego nas três semanas antes do inquérito – por vezes designados como "desencorajados" – aumentou 16% (mais 22 mil pessoas).

 

Para além do desemprego oficial, essas são as duas principais categorias de subutilização do trabalho consideradas pelo INE. A terceira são os inactivos que procuraram trabalho, mas não estavam disponíveis para o aceitar. São 22 mil (menos sei mil do que no trimestre anterior).

 

Tudo somado, são 426 mil pessoas que o INE não classifica oficialmente como desempregados, mas que estão, de alguma forma, alienados do mercado de trabalho. Se os juntarmos aos 444 mil desempregados oficias, chegamos a um total de 870 mil "desempregados reais". Há um ano era 1.032 mil. Esse nível traduz-se numa taxa de desemprego real de 15,8%, que compara com os 18,8% do mesmo trimestre do ano passado.

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Em Portugal, a população desempregada é a componente com maior peso (51%) no indicador da subutilização do trabalho", escrevem os técnicos do INE. "Por um lado, este contributo explica que a subutilização do trabalho corresponda a praticamente o dobro do desemprego, sendo que esta relação aumentou desde o primeiro trimestre de 2011 (em que foi de 1,6 e 1,5 no caso do número de pessoas e da taxa, respectivamente) mas manteve-se estável quando comparada com o trimestre anterior. Por outro lado, justifica a proximidade na evolução de ambos os indicadores ao longo do tempo."

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