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Emprego regressa aos níveis pré-troika

O número de pessoas empregadas em Portugal voltou a ultrapassar o limiar dos 4,8 milhões de pessoas. O nível mais elevado pelo menos desde o início de 2011, quando começa a actual série do INE.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Novembro de 2017 às 11:54
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No terceiro trimestre deste ano existiam 4.803 mil pessoas empregadas em Portugal. O valor é o mais elevado desde o arranque de 2011, antes da chegada da troika a Portugal e do início do programa de ajustamento. No entanto, se recuarmos ainda mais, verificamos que o mercado de trabalho está ainda longe dos níveis observados no final de 2008.

Segundo os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o emprego aumentou mais de 42 mil face ao trimestre anterior, dando um salto de 141 mil em comparação com o trimestre homólogo. 

Segundo os técnicos do instituto, o crescimento do emprego entre Julho e Setembro explica-se pelo reforço observado nos serviços, em especial na área que integra o comércio, a hotelaria e a restauração. Essa categoria representa mais de metade do aumento do emprego nos serviços. Na comparação homóloga, o maior crescimento veio dos mesmos sectores: serviços, em especial comércio, hotelaria e restauração.

Recorde-se que o emprego em Portugal teve uma queda drástica entre 2011 e o início de 2013. Em cerca de dois anos, foram destruídos mais de 440 mil postos de trabalho.

Este nível de emprego do terceiro trimestre de 2017 - 4803 mil pessoas - é o mais elevado da série do INE, que começa no primeiro trimestre de 2011. Esse ano marca uma quebra de série, que torna as comparações com anos anteriores menos rigorosas. Contudo, se ignorarmos essa quebra, verificamos que o mercado de trabalho ainda está longe dos níveis observados em 2008, quando chegou a rondar as 5.150 mil pessoas empregadas.  

No entanto, existe alguma assimetria regional nesta evolução. Embora o total nacional já tenha regressado aos níveis pré-troika, algumas zonas do país têm ainda muito que recuperar. Segundo os dados do INE, Norte, Centro, Alentejo e Madeira ainda têm menos pessoas empregadas do que no arranque de 2011. Por outro lado, Lisboa, Algarve e Açores estão já acima desse limiar. 
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