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UGT insatisfeita com níveis de criação de emprego em Portugal

O secretário-geral da UGT considerou hoje importante que Portugal tenha registado uma nova redução da taxa de desemprego, mas advertiu que há menor criação de postos de trabalho e que muito do emprego tem carácter sazonal.

Miguel Baltazar/Negócios
01 de Julho de 2014 às 14:18
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Carlos Silva falava no final de uma reunião com a direcção do PS, depois de confrontado pelos jornalistas com os mais recentes dados do Eurostat, segundo os quais a taxa de desemprego em Portugal voltou a recuar em maio, para 14,3% contra 14,6% em Abril, menos 2,6 pontos percentuais do que um ano antes (16,9%) - a segunda maior descida homóloga da União Europeia.

 

"É sempre importante que a taxa de desemprego reduza. Mas a criação de emprego em Portugal?", questionou o secretário-geral da UGT.

 

De acordo com Carlos Silva, por um lado "baixou a taxa de desemprego, mas, por outro lado, também há menos emprego em Portugal".

 

"Verifica-se que não há investimento, que as empresas não criam postos de trabalho e que os empregos criados têm muito efeito sazonal, porque temos muita formação profissional e continua a haver muita emigração. Penso que continuamos a ter uma taxa de desemprego muito elevada", sustentou o responsável máximo desta central sindical.

 

Carlos Silva defendeu depois, neste contexto, "uma inversão das políticas públicas, tendo em vista dar esperança às pessoas".

 

"Isso cabe ao Governo, aos partidos e aos parceiros sociais", disse, numa declaração em que subscreveu a posição do secretário-geral do PS, António José Seguro, no sentido de ser "urgente" que o executivo PSD/CDS inicie um processo de renegociação da dívida portuguesa.

 

 

Ainda assim, a taxa de desemprego em Portugal mantém-se como a quinta mais elevada da União, atrás de Grécia (26,8%, valor de Março), Espanha (25,1%), Croácia (16,3%) e Chipre (15,3%), e muito acima da média quer da UE (10,3%), quer da zona euro (11,6%), que se mantiveram praticamente inalteradas (desceu 0,1% na União e estabilizou no espaço monetário único).

 

Já em termos homólogos, ou seja, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, Portugal registou, pelo segundo mês consecutivo, a segunda maior queda entre os 28 Estados-membros, apenas atrás da Hungria e à frente da Irlanda, com um recuo (-2,6%) bem mais pronunciado do que na média da UE (caiu de 10,9% em maio de 2013 para 10,3% em maio deste ano) e da zona euro (recuo de 12% para 11,6% no espaço de um ano).

 

 

 

 

 

 

 

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