Notícia
Mulheres ainda ganham menos 11,5% que os homens em Portugal
Diferenças voltaram a registar uma ligeira diminuição, de acordo com o sexto barómetro das diferenças remuneratórias entre mulheres e homens publicado pelo Ministério do Trabalho.
A diferença de salários entre mulheres e homens voltou a diminuir ligeiramente, mas persiste elevada, com a remuneração das trabalhadoras a ser 11,5% inferior à de trabalhadores homens em iguais circunstâncias, de acordo com o sexto barómetro produzido pelo Ministério do Trabalho para avaliar o chamado "gender pay gap".
Os dados, conhecidos nesta sexta-feira, indicam que quando se comparam trabalhadores em iguais circunstâncias - com a mesma antiguidade, mesma profissão, mesmo setor de atividade, mesmas qualificações e habilitações - ser mulher representa ainda receber menos um décimo do que recebe um homem em Portugal, no indicador ajustado, considerado o mais adequado para estabelecer comparações.
A atualização dos dados respeita aos quadros de pessoal de 2022, a base de dados construída a partir das declarações feitas pelos empregadores, avaliando por isso a situação verificada há dois anos. Face ao barómetro anterior, relativo a 2021, observa-se uma melhoria ligeira: a diferença salarial média ajustada na retribuição total enfrentada pelas mulheres era então de 12%.
A avaliação do "gender pay gap" ajustado é também feita para o salário base, onde a redução de diferenças foi um pouco menor, passando de 9,3% em 2021 para 8,9%.
O relatório que é produzido anualmente pelo Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho dá conta também de quais os sectores de atividade com maiores e menores diferenças.
É nas indústrias transformadoras que há maior penalização salarial para as mulheres, com a diferença de ganhos a atingir 18,2% para indivíduos em igual situação. As atividades artítisticas, de espetáculos e recreativas têm a segunda maior diferença nos 16,6%, seguidas das atividades de consultoria científica e técnica (-13,9% de salário), as atividades de informação e comunicação (-12%), a construção (-11,8%), os transportes e armazenagem (-11%), comércio (-10,3%), atividades financeiras e seguros (-10,2%) e outras atividades de serviços (-10,2% também).
Os dados do barómetro mostram que apenas um setor de atividade apresenta diferenças salariais por género desfavoráveis aos homens: nas organizações internacionais com sede em Portugal eles ganham menos 4,8% que as mulheres.
Esta edição do barómetro apresenta também dados para o nível de diferenças salariais mais finos, avaliando, por exemplo, quais as diferenças na distribuição de salários entre homens e mulheres. Estes dados ainda não são ajustados para comparar indivíduos em situação igual.
É possível constatar, porém, que as diferenças salariais são mais expressivas sobretudo entre quem ganha salários mais altos. Considerando a fatia de 25% de mulheres com os salários-base mais elevados, verifica-se que a remuneração média atinge 1.854,9 euros. Entre a mesma fatia da distribuição salarial nos homens, a média é de 2.333,3 euros (na retribuição total, ou ganho, os valores são de 2.199,7 euros para as mulheres e de 2.836,2 euros para os homens).
Considerando os mesmos dados não ajustados, verifica-se ainda que é nas grandes empresas - com 250 ou mais trabalhadores - que as diferenças são maiores, com as mulheres a receberem em média menos 19,6% do que os homens. A diferença de ganhos é de 11,8% nas empresas com até 50 trabalhadores.
Os dados, conhecidos nesta sexta-feira, indicam que quando se comparam trabalhadores em iguais circunstâncias - com a mesma antiguidade, mesma profissão, mesmo setor de atividade, mesmas qualificações e habilitações - ser mulher representa ainda receber menos um décimo do que recebe um homem em Portugal, no indicador ajustado, considerado o mais adequado para estabelecer comparações.
A avaliação do "gender pay gap" ajustado é também feita para o salário base, onde a redução de diferenças foi um pouco menor, passando de 9,3% em 2021 para 8,9%.
O relatório que é produzido anualmente pelo Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho dá conta também de quais os sectores de atividade com maiores e menores diferenças.
É nas indústrias transformadoras que há maior penalização salarial para as mulheres, com a diferença de ganhos a atingir 18,2% para indivíduos em igual situação. As atividades artítisticas, de espetáculos e recreativas têm a segunda maior diferença nos 16,6%, seguidas das atividades de consultoria científica e técnica (-13,9% de salário), as atividades de informação e comunicação (-12%), a construção (-11,8%), os transportes e armazenagem (-11%), comércio (-10,3%), atividades financeiras e seguros (-10,2%) e outras atividades de serviços (-10,2% também).
Os dados do barómetro mostram que apenas um setor de atividade apresenta diferenças salariais por género desfavoráveis aos homens: nas organizações internacionais com sede em Portugal eles ganham menos 4,8% que as mulheres.
Esta edição do barómetro apresenta também dados para o nível de diferenças salariais mais finos, avaliando, por exemplo, quais as diferenças na distribuição de salários entre homens e mulheres. Estes dados ainda não são ajustados para comparar indivíduos em situação igual.
É possível constatar, porém, que as diferenças salariais são mais expressivas sobretudo entre quem ganha salários mais altos. Considerando a fatia de 25% de mulheres com os salários-base mais elevados, verifica-se que a remuneração média atinge 1.854,9 euros. Entre a mesma fatia da distribuição salarial nos homens, a média é de 2.333,3 euros (na retribuição total, ou ganho, os valores são de 2.199,7 euros para as mulheres e de 2.836,2 euros para os homens).
Considerando os mesmos dados não ajustados, verifica-se ainda que é nas grandes empresas - com 250 ou mais trabalhadores - que as diferenças são maiores, com as mulheres a receberem em média menos 19,6% do que os homens. A diferença de ganhos é de 11,8% nas empresas com até 50 trabalhadores.