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Lisboetas entre os europeus que mais trabalharam de casa em 2020

A Área Metropolitana de Lisboa está entre as regiões europeias com maior percentagem da população que trabalhou a partir de casa no ano passado. Os 23% da AML estão acima da média europeia, que se fixou nos 12%.

23 de Setembro de 2021 às 11:17
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A pandemia levou muitos portugueses a trabalhar a partir de casa no ano passado, mas o fenómeno foi mais expressivo na Área Metropolitana de Lisboa (AML). De acordo com os dados revelados esta quinta-feira pelo Eurostat, 23% da população empregada com idade entre os 20 e 64 anos trabalhou a partir de casa em 2020.


Feitas as contas, quase um em cada quatro trabalhadores nesta região do país trabalhou a partir de casa no ano passado. 


Esta percentagem está vários pontos percentuais acima da média da União Europeia, onde 12% dos trabalhadores recorreu ao teletrabalho. A pandemia e as restrições, que tornaram o teletrabalho numa realidade mais comum para muitos trabalhadores, tornaram mais expressiva a percentagem de europeus em teletrabalho - ao longo da última década, os números têm variado entre os 5 a 6% da população empregada.


A capital da Finlândia e as redondezas lideram entre as regiões com maior percentagem de população empregada a recorrer ao teletrabalho (37%), seguida por duas regiões da Bélgica -  Province du Brabant wallon (27%) e as proximidades de Bruxelas (26%). 


Já a região este e centro da Irlanda tinha no ano passado 25% da população empregada em teletrabalho. Wien, na Áustria e Hovedstaden na Dinamarca contabilizavam ambas 24%. Em França, Île-de-France, Utrecht na Holanda e o Luxemburgo tinham a mesma percentagem da Área Metropolitana de Lisboa (AML).


Note-se que os números da AML contrastam com a tendência verificada em vários países do sul e leste da Europa. No ano passado, menos de 5% da população empregada recorreu ao teletrabalho nas principais regiões da Croácia ou na Grécia, por exemplo.


Lisboa com maior aumento anual no teletrabalho

No que toca à mudança anual na percentagem de pessoas a trabalhar a partir de casa, a Área Metropolitana de Lisboa está também entre as regiões europeias com maior aumento, com uma variação de 14,3% face aos dados de 2019.


É notória a diferença face às restantes regiões de Portugal, que registaram uma variação anual muito abaixo da AML: no Norte foi registado um aumento de 5,7%, no Algarve de 3%, no Centro de 4,4% e no Alentejo de 4,9%. Nos Açores a percentagem de população empregada em teletrabalho subiu no ano passado 3,3% e na Madeira 2,5%.

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