Notícia
GEPE, uma ajuda para econtrar emprego
Solidão, depressão e incapacidade de enfrentar uma procura ativa de emprego são os efeitos mais negativos de quem não consegue arranjar trabalho.
Os dias passam, os currículos são enviados, muitas respostas ficam pelo caminho e as que não ficam são negativas. O desânimo abate-se rapidamente o que dificulta a procura de trabalho.
Foi a pensar nesta realidade que surgiram os GEPE. Parece nome de código, mas são as siglas dos Grupos de Entreajuda na Procura de Emprego. Um projecto que começou em Março deste ano, promovido pelo Instituto Padre António Vieira (IPAV), que pretende apoiar psicologicamente os desempregados que se encontram numa situação vulnerável e, porventura, ajudá-los a reentrar no mercado de trabalho.
Actualmente, existem 19 GEPE em Portugal, sobretudo na área da grande Lisboa e do grande Porto, mas Rui Marques espera conseguir "alargar esta rede de apoio, já no próximo ano". Ainda é cedo para conclusões, mas das cerca de 300 pessoas que já recorreram a estes grupos de entreajuda, "talvez se possa falar de 10 a 15% que já conseguiram emprego", analisa Rui Marques.
"Não vale a pena pintarmos o mundo de cor-de-rosa", reconhece Rui Marques. As ofertas de trabalho são poucas e muitos destes desempregados "já perderam ou estão prestes a perder o subsídio de desemprego". "Daí que estejam disponíveis para trabalhar em qualquer coisa", sublinha o presidente do IPAV.
O cenário tem cores de chumbo em Portugal, mas pior do que a angústia de não ter emprego é não ter com quem partilhar essa angústia e, quem sabe, até uma oportunidade de trabalho.
Rita Colaço, Antena 1