Notícia
Eurofound avisa que retoma económica não chegou a todos na Europa
A Fundação que monitoriza as condições de trabalho na Europa diz que 2017 foi um bom ano, mas que nem todos beneficiaram. O desafio é requalificar 40 milhões de europeus que estão fora da população empregada.
O emprego superou as expectativas no ano passado. Nunca houve tantas pessoas empregadas e activas no mercado de trabalho europeu. As conclusões são da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound) que, no entanto, deixa um alerta: os frutos da recuperação económica europeia ainda não chegaram a todos os cidadãos.
O aviso consta do relatório "Living and working in Europe - Yearbook 2017" divulgado esta terça-feira. A Eurofound argumenta que é preciso ir além dos indicadores principais para saber exactamente o que está a acontecer no mercado de trabalho actualmente e porquê.
Nessa análise, a Eurofound diz que existem cerca de 40 milhões de cidadãos europeus que estão desempregados, involuntariamente em part-times ou inactivos mas com vontade de trabalhar. E que esse número é superior à oferta de emprego que existe no mercado de trabalho, mas não o será por muito tempo.
A previsão da Eurofound é que, com as mudanças demográficas dos próximos anos, a oferta da força de trabalho vá comprimir. "Isto provavelmente aumentará as oportunidades para os subaproveitados trabalharem o número de horas que desejam trabalhar e, em muitos casos, que têm de trabalhar", refere o relatório. Contudo, será preciso mais do que esse efeito.
A Fundação aconselha os Governos a promover a reintegração dos inactivos que têm vontade de trabalhar. Isto porque "não é sustentável" manter 40 milhões de europeus fora da força de trabalho. A Eurofound admite que este é um "desafio especial para as políticas activas do mercado de trabalho" dos países europeus.
Sendo 2017 o ano em que foi acordado o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, a Eurofound conclui que a melhoria da qualidade de vida não foi transversal a todos os Estados-membros nem a todos os grupos sociais. Isto confirma que "a Europa ainda não está a ser totalmente o instrumento de convergência social" que pretende ser, remata.
O aviso consta do relatório "Living and working in Europe - Yearbook 2017" divulgado esta terça-feira. A Eurofound argumenta que é preciso ir além dos indicadores principais para saber exactamente o que está a acontecer no mercado de trabalho actualmente e porquê.
A previsão da Eurofound é que, com as mudanças demográficas dos próximos anos, a oferta da força de trabalho vá comprimir. "Isto provavelmente aumentará as oportunidades para os subaproveitados trabalharem o número de horas que desejam trabalhar e, em muitos casos, que têm de trabalhar", refere o relatório. Contudo, será preciso mais do que esse efeito.
A Fundação aconselha os Governos a promover a reintegração dos inactivos que têm vontade de trabalhar. Isto porque "não é sustentável" manter 40 milhões de europeus fora da força de trabalho. A Eurofound admite que este é um "desafio especial para as políticas activas do mercado de trabalho" dos países europeus.
A solução, segundo a Eurofound, passa pelo investimento público em programas específicos, especializados e individualizados para "reorientar pessoas inactivas para o trabalho". Os desempregados de longa-duração e os desencorajados são os que causam maior preocupação à Fundação uma vez que correm o risco de serem "excluídos de forma permanente" do mercado de trabalho.There was progress in reported quality of life, quality of society and quality of public services in Europe in 2017. However, it should be emphasised that this improvement is not in all Member States & not all social groups. Find out more: https://t.co/PiXe0eJd4U #LWEyearbook pic.twitter.com/jTjCKIE4Uc
— Eurofound (@eurofound) 12 de junho de 2018
Sendo 2017 o ano em que foi acordado o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, a Eurofound conclui que a melhoria da qualidade de vida não foi transversal a todos os Estados-membros nem a todos os grupos sociais. Isto confirma que "a Europa ainda não está a ser totalmente o instrumento de convergência social" que pretende ser, remata.