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Economia portuguesa destruiu 99 mil empregos em 2020. Taxa subiu para 6,8%

A economia portuguesa destruiu 99 mil empregos, em média, em 2020, em relação ao ano anterior. A taxa de desemprego foi de 6,8%, abaixo das previsões do Governo, mas no final do ano situou-se nos 7,1%.

A taxa de precariedade baixou de 22% em 2018 para 20,8% em 2019, a taxa mais baixa desde 2012.
Bruno Simão
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A população empregada em Portugal diminuiu 2%, em média, no ano de 2020, de acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Trata-se da redução mais acentuada desde 2013 e representa uma diminuição de 99 mil empregos em comparação com o ano anterior.

"A população empregada foi estimada em 4814,1 mil pessoas e diminuiu 2,0% (99,0 mil) em relação ao ano transato", revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados trimestrais confirmam que a quebra mais acentuada se deu no segundo trimestre do ano, refletindo o impacto do início da pandemia e do primeiro confinamento, altua em que desapareceram 134 mil empregos face ao trimestre anterior.

Nos dois trimestres seguintes verificou-se alguma recuperação, mais acentuada no terceiro trimestre (69 mil empregos recuperados) do que no quarto (60 mil) embora insuficiente para repor o nível de emprego: no último trimestre do ano passado ainda havia menos 48 mil empregos do que em período homólogo.

No conjunto do ano a taxa de desemprego ficou nos 6,8%, abaixo dos 8,7% previstos pelo Governo, mas igualmente com oscilações marcadas pelo ritmo da pandemia e do primeiro confinamento, tendo-se situado nos 7,1% no final do ano passado.

A população desempregada, que foi estimada em 373,2 mil pessoas, diminuiu 7,7% (30,9 mil) em relação ao trimestre anterior, tendo no entanto aumentado em 20,8 mil pessoas (5,9%) face a período homólogo. 

O INE sublinha, no entanto, que nem todas as pessoas que ficaram sem emprego foram classificadas como empregadas, uma vez que nem sempre estiveram disponíveis para procurar uma nova ocupação.

É o "aumento do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuraram emprego" que explica que a taxa de subutilização do trabalho se tenha fixado nos 13,8% no último trimestre do ano, abrangendo 750 mil pessoas.

Este indicador, que agrega a população desempregada, os inativos não disponíveis para trabalhar, ou o subemprego, recuou face ao trimeste anterior (em 63,4 mil pessoas) mas aumentou face ao homólogo (em 72 mil).

Verifica-se um movimento semelhante no caso da população empregada ausente do trabalho ainda antes deste segundo confinamento: na semana de referência do quarto trimestre de 2020 diminuiu 47,8% (396 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentou 26,0% (89 mil) em termos homólogos.


(Notícia em atualização)
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