Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Cerca de 3,5 milhões europeus deixaram o emprego no terceiro trimestre de 2022

Eurostat revela que o fim do contrato de trabalho a prazo foi a principal razão para a saída, seguida por despedimento ou encerramento da empresa. Portugal foi o sétimo país da UE com maior percentagem de saídas devido a mudanças no mercado de trabalho entre julho e setembro.

É no setor da indústria que se verifica a maior subida nas expectativas de criação de emprego até março. Comércio também quer contratar mais.
Bruno Simão
16 de Fevereiro de 2023 às 10:51
  • ...
Cerca de 3,5 milhões de trabalhadores em toda a União Europeia (UE), entre os 25 e os 54 anos, deixaram o emprego no terceiro trimestre de 2022, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat. O fim do contrato de trabalho a prazo foi a principal razão para a saída, seguida por despedimento ou encerramento da empresa.

Mais de dois terços (68,9%) das saídas dos postos de trabalho entre julho e setembro deveram-se a motivos do mercado de trabalho, com um aumento das saídas por fim de contrato a termo, despedimento ou encerramento da empresa por motivos económicos. Em comparação com o ano anterior, aumentou 3,2 pontos percentuais o peso desses motivos nas saídas.

As mudanças no mercado de trabalho tiveram mais impacto entre os europeus de baixa escolaridade (74,6%), seguidos dos de alto e médio nível de escolaridade (67,8% e 66,2%, respetivamente).

No final do terceiro trimestre, 53,1% do total de pessoas que ficaram sem emprego (1,8 milhões de pessoas) justificaram a saída com o fim do contrato de trabalho, o que, comparando com igual trimestre do ano passado, corresponde um decréscimo de 3,9 pontos percentuais. Os trabalhadores com baixo nível de escolaridade (57,1%) foram os mais afetados, seguidos pelos com alto nível de escolaridade (56,3%) e com nível médio ( 47,5%). 

Já o despedimento ou encerramento da empresa por motivos económicos atirou 545 mil pessoas para o desemprego (15,8% do total), o que corresponde a um aumento face a 2021 (15,1%).

Por outro lado, o abandono do emprego por outros motivos ou motivos não declarados ocupa o terceiro lugar, tendo afetado 478 mil pessoas (13,9%) no terceiro trimestre do ano passado, seguindo-se a educação ou outros motivos pessoais (9,0%) e motivos familiares, doença ou reforma (8,2%).


As maiores percentagens de europeus que abandonaram o emprego por motivos do mercado de trabalho registaram-se em Itália (89,9%), seguida da Hungria (88,6%), Grécia (87,6%), Espanha ( 81,6%) e Croácia (70,6%). Portugal aparece em sétimo lugar na lista, com um total de 66,4% dos novos desempregados a apontarem mudanças no mercado laboral como razão para a sua saída.

Ver comentários
Saber mais emprego Eurostat Portugal desemprego mercado laboral
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio