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Desemprego agrava-se e taxa avança para 6,5% no quarto trimestre

Aumento do desemprego, para o nível mais alto desde a primavera de 2021, fez avançar a taxa de desemprego em 0,7 pontos percentuais. Emprego recuou 0,5%.

João Cortesão
08 de Fevereiro de 2023 às 11:35
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A taxa de desemprego subiu no quarto trimestre para 6,5%, o nível mais alto desde a primavera de 2021, logo após o segundo grande confinamento da pandemia.

 

Segundo indica nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), os 6,5% de taxa de desemprego registados na reta de final de 2022 representam um salto de 0,7 pontos percentuais face ao trimestre anterior, e ficam também duas décimas acima de um ano antes.

 

O agravamento acentuado no indicador ocorre após o desemprego ter disparado 12,1% no último trimestre, para abranger 342,7 mil pessoas, naquele que é também o nível mais elevado desde o segundo trimestre de 2021. Houve mais 36,9 mil pessoas contabilizadas como estando no desemprego.

 

A taxa de desemprego jovem passou entretanto aos 19,9%, numa subida de 1,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior, mas ficando ainda 3,5 pontos percentuais abaixo de um ano antes.

 

O último trimestre do ano assistiu também à descida no nível de emprego, pela primeira vez em quase dois anos, nos dados trimestrais do INE. A população empregada terá recuado em 0,5% face ao trimestre anterior, para 4,9 milhões de pessoas no emprego. A estimativa aponta para menos 26,2 mil com emprego.

Já face a um ano antes, a situação de emprego representa ainda melhoria, ficando 0,5% acima do registo do terceiro trimestre de 2021, com mais 23,9 mil pessoas empregadas.

A taxa de emprego do quatro trimestre ficou em 56,4%.

O indicador de subutilização de trabalho, entretanto, agravou-se com o aumento de desempregados, mas também de trabalhadores a tempo parcial que procuram horários completos. O subemprego de part-timers abrangia no quatro trimestre 141 mil pessoas, após uma subida de 4,3%.

 

A subutilização de trabalho – que abrange ainda inativos disponíveis que não procuram trabalho e inativos temporariamente indisponíveis – passou a uma taxa de 11,7%, abrangendo 633,1 mil pessoas.

 

O INE apresenta ainda os dados médios anuais para o conjunto de 2022. Nestes, a taxa de desemprego fica nos 6% e a taxa de desemprego jovem nos 19%.

 

A média anual de população empregada foi no ano passado de 4.908,7 mil (mais 2% que em 2021) e a da população desempregada de 313,9 mil pessoas (menos 7,3% que em 2021).

 

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