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Emprego público volta a acelerar e atinge máximos de 11 anos
No final do ano passado, o Estado empregava 742.260 mil pessoas, atingindo o valor mais alto dos últimos 11 anos. Reforço verifica-se nas autarquias, na saúde, ensino e forças de segurança.
O número de trabalhadores do Estado atingiu os 742.260, um novo máximo da série divulgada pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), referente ao quarto trimestre de 2022.
"A 31 de dezembro de 2022, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 742.260 postos de trabalho, assinalando um aumento de 14.559 postos de trabalho", refere a síntese da DGAEP divulgada esta terça-feira. Este valor corresponde a um aumento de 1,2% em termos homólogos e também face aos três meses anteriores.
A Direção-Geral do Emprego Público refere que a variação no emprego público "resultou sobretudo do aumento na administração local (+3,3%, correspondente a mais 4.256 postos de trabalho) e na administração central (+0,7%, correspondente a mais 3.650 postos de trabalho)".
A DGAEP refere que na administração central, o aumento de emprego verificou-se essencialmente nas entidades públicas empresariais do Serviço Nacional de Saúde (+2.018), nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (+1.559), nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (+1.489) e nas Forças de Segurança (+1.469).
Os dados mostram que o aumento homólogo na administração central ficou a dever-se, "para além das carreiras das forças de segurança (1.418), as carreiras de docente do ensino superior politécnico e do ensino universitário (1.223 no seu conjunto), de educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário (924), de enfermeiro (782), de técnico superior (663) e de médico (609)".
Nas autarquias, o aumento ficou a dever-se a alterações legislativas. "Na administração local, o aumento de emprego face ao período homólogo teve origem, fundamentalmente, nos representantes do poder legislativo (1.389) e decorreu da aplicação da Lei n.º 69/2021, de 20 de outubro, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022, da qual resultou um aumento do registo de eleitos locais nas Juntas de Freguesia", explica a DGAEP.
Quando a comparação é com o terceiro trimestre, "o emprego no setor das administrações públicas aumentou 8.517 postos de trabalho (1,2%), com origem essencialmente na administração central (7.336 postos de trabalho, correspondente a uma variação de 1,3%), já que na administração local o aumento foi de 856 trabalhadores (0,7%)".
O maior contributo para o aumento trimestral do emprego "foi proveniente das áreas governativas da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (8.561, no seu conjunto), refletindo ainda a atividade de início do ano letivo e a colocação de docentes em todos os níveis de ensino e de técnicos superiores para as atividades de enriquecimento curricular nos estabelecimentos de ensino básico e secundário", refere o documento.
(Notícia em atualizada às 20:00 com mais dados)