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Ana Mendes Godinho insiste que Governo está a "trabalhar com todos"
A ministra do Trabalho insiste que não há negociações paralelas e que o trabalho está a ser feito em "várias geometrias" para garantir maior eficácia e produtividade.
A ministra do Trabalho insiste que não há qualquer negociação com a CIP paralela à concertação social e que o trabalho do Governo tem sido com todos os parceiros sociais "em várias geometrias" para garantir mais eficácia e produtividade nas decisões.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião com o Conselho Nacional das Confederações Patronais, Ana Mendes Godinho reiterou a ideia que já havia sido adiantada há horas, depois da reunião com a UGT, de que as conversas com os diferentes intervenientes "tem sido sempre em sede de concertação social, procurando que seja um trabalho mais produtivo possível".
As justificações da ministra surgem depois da notícia do Expresso na última sexta-feira que dava conta da insatisfação de Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social (CES), perante os indícios de uma eventual negociação paralela à concertação social com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
Francisco Assis, segundo o Expresso, exigiu através de uma mensagem de Whatsapp para os membros da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) um "rápido e cabal esclarecimento do processo", referindo que o país "dispensava mais um espetáculo de degradação institucional".
O Governo diz que a reunião foi "muito produtiva" e que foram "examinadas todas as propostas apresentadas". João Vieira Lopes, da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal, revelou que o Executivo "mostrou abertura para tratar das tributações autónomas, benefícios fiscais e da capitalização". Mas que não houve abertura para "tudo o que envolver baixas de TSU ou taxas nominais de IRC".
A ministra defendeu também que o acordo de rendimentos e competitividade a médio prazo assinado há um ano é um "exemplo histórico a nível europeu" e que é "um exemplo neste momento destacado até pela OCDE por isso". O objetivo agora, diz, é garantir que o acordo se "aprofunde naquilo que são as aprendizagens que estamos todos a fazer um ano volvido sobre a sua assinatura".
"Nós diríamos que somos mesmo os principais interessados neste espaço de diálogo com a sociedade que tem acontecido sempre e que vai continuar a acontecer", afirmou.