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Algarve e Madeira lideram desemprego com taxa de 19,7%
O desemprego aumentou em todas as regiões do terceiro para o quarto trimestre. Cinco das sete regiões portuguesas apresentam taxas de desemprego superiores à média nacional. Centro e Açores são as excepções.
O Algarve e a Madeira são as regiões nacionais que apresentavam, no quarto trimestre do ano passado, a taxa de desemprego mais elevada do país: 19,7%.
Com o desemprego a afectar 18,7% da população activa, Lisboa aparece em terceiro lugar. A capital abandona o topo do pódio das regiões com mais desempregados do terceiro trimestre, lugar para onde subiu destronando o Algarve na altura.
A taxa de desemprego na região mais a sul do País, que costuma reduzir-se nos meses de Verão devido à época balnear, ficou em 19,7% nos últimos três meses do ano, o que compara com a taxa de 17,5% no período homólogo e representa um novo máximo histórico.
Depois do Algarve, Madeira e Lisboa, aparece a região Norte com uma taxa de desemprego de 17,8%. Já o Alentejo tem 17,2% da população activa desempregada, segundo as Estatísticas do Emprego, divulgadas esta quarta-feira, 13 de Janeiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Das sete regiões analisadas, apenas duas escapam a apresentar uma taxa de desemprego mais elevada que a média nacional no quarto trimestre. O Centro, com uma taxa de 12,7%, e a Região Autónoma dos Açores, com 16,2%, registam valores inferiores à taxa de desemprego de 16,9% em Portugal no mesmo período.
Além de exibirem as mais elevadas taxas de desemprego em Portugal, o Algarve e a Região Autónoma da Madeira foram as regiões em que o desemprego mais cresceu do terceiro para o quarto trimestre (5 e 2,2 pontos percentuais, respectivamente). A taxa de desemprego aumentou, em termos trimestrais, em todas regiões, de acordo com a mesma fonte. No Centro, a subida foi de apenas 0,2 pontos percentuais, mantendo-se como a região que apresenta, nos últimos tempos, a mais baixa taxa de desemprego em Portugal.
Na comparação homóloga, o agravamento da taxas de desemprego foi igualmente extensível a todas as regiões, com a Madeira, mais uma vez, em destaque. A ilha, que tem sido afectada sobretudo pela quebra da construção, registou uma subida de 6,2 pontos percentuais da taxa de desemprego, já que estava, no quarto trimestre de 2011, nos 13,5%. Nessa altura, a taxa da região insular estava abaixo da média nacional (que estava, então, nos 14%).