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Viseu é o distrito mais afectado por fecho de escolas, com 57 encerramentos

O distrito de Viseu é aquele onde se vão encerrar mais escolas do 1.º ciclo do ensino básico já no próximo ano lectivo, com 57 estabelecimentos a fechar portas, de acordo com a lista divulgada pelo Governo.

24 de Junho de 2014 às 00:57
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Entre os distritos mais atingidos pelos encerramentos estão também Aveiro e Porto, com 49 e 41 escolas a fechar em 2014-2015, de acordo com a lista de encerramentos divulgada pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) na segunda-feira.

 

Lisboa e Bragança são os distritos onde encerram menos escolas - duas em cada um dos distritos - seguindo-se Faro e Viana do Castelo, com três encerramentos anunciados.

 

O processo de encerramento de escolas no 1.º ciclo está concluído para 2014-2015, mas a "reorganização da rede irá prosseguir no próximo ano lectivo".

 

"O processo foi conduzido pela Secretaria de Estado do Ensino e Administração Escolar, tendo por base propostas feitas pelos serviços regionais do ministério e pelos municípios", sublinha o MEC, em comunicado, que acrescenta que se tentou "sempre que possível encontrar consensos", tendo para isso sido realizadas "múltiplas reuniões" com as autarquias.

 

No entanto, o processo de encerramento de escolas não foi pacífico para as autarquias, com trocas de acusações entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses e o MEC, em que as autarquias acusaram o ministério de Nuno Crato de "conduta imprópria" e de falta de diálogo no processo, tendo o MEC, na resposta, manifestado a sua surpresa perante estas acusações e rejeitado qualquer imposição de fecho de escolas ao longo do processo.

 

Já hoje, em Londres, o ministro da Educação Nuno Crato defendeu que a decisão de encerrar 311 escolas do 1.º ciclo e integrá-las em centros escolares ou noutros estabelecimentos de ensino no próximo ano lectivo não tem impacto na despesa pública.

 

"A reorganização [escolar] não tem custos directos para o Estado. Pode haver algumas poupanças e, em algum caso ou outro, algum acréscimo de custos por causa de transporte, mas não é isso que nos move. O que nos move, acima de tudo, é dar melhores condições de educação e sociabilização aos alunos", afirmou hoje em Londres à agência Lusa Nuno Crato.

 

Em comunicado, o MEC voltou hoje a sublinhar os benefícios para os alunos da sua integração em centros escolares, com "infra-estruturas com recursos que oferecem melhores condições para o sucesso escolar", integrados em turmas com colegas da mesma idade e "acesso a recursos mais variados".

 

"A definição da rede escolar do 1.º ciclo tem em conta a existência de alternativas com melhor qualidade para o ensino e a prática pedagógica, e salvaguarda questões como a distância para a escola de destino e tempo de percurso, as condições da escola de acolhimento, o transporte e as refeições. Nos casos em que não foi possível garantir essas condições, foram mantidas em funcionamento as escolas em causa com uma autorização excepcional de funcionamento, ainda que ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros número 44/2010 estas devessem ser agregadas", ressalva o ministério.

 

Das restantes escolas que não voltam a abrir no próximo ano lectivo, 17 são em Braga, 13 em Vila Real, 11 em Castelo Branco, 24 em Coimbra, 13 na Guarda, 24 em Leiria, 12 em Santarém, 7 em Setúbal, 12 em Évora, 9 em Beja e 12 em Portalegre.

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