Notícia
Universidades contratam professores à borla
No Porto são pelo menos 40 e no total das universidades públicas o número chega aos 176. Confirmados pelo Governo porque, segundo os sindicatos, são ainda mais e engrossam a precariedade. A notícia é avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias.
Nas universidades portuguesas há pelo menos 176 pessoas a dar aulas sem receber por isso. A denúncia partiu do Sindicato nacional do Ensino Superior e faz a manchete desta quarta-feira, 28 de Dezembro, do Jornal de Notícias. São docentes e investigadores, que, diz o sindicato, são alvo de contratações ilegais, um regime que agrava a precariedade ente os docentes.
Segundo o Jornal de Notícias, só a Universidade do Porto contratou este ano 40 professores sem remuneração, entre assistentes convidados e categorias superiores a essa.
A ideia é que estas pessoas, trabalhando de graça, possam um dia acabar por ingressar na carreira, sujeitando-se, no imediato, a um período de precariedade.
Já na Nova, em Lisboa, as unidades curriculares não remuneradas são criadas a pedido dos próprios investigadores, que assim garantem "a disseminação dos resultados da sua investigação", disse ao Jornal de Notícias fonte da universidade.
O Governo confirma que em 2014 havia 176 pessoas nestas condições, mas o Sindicato Nacional do Ensino Superior estima que esse número tenha aumentado 35% na anterior legislatura.