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Portugueses com educação superior quase triplicam em 14 anos

Portugal registou na última década e meia progressos muito significativos no número de pessoas que continuaram os estudos após o secundário. Apesar disso, ainda tem caminho a percorrer para atingir as metas do Europa 2020, segundo o Eurostat.

Negócios 26 de Abril de 2017 às 11:34
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O nível de escolarização superior tem vindo a crescer de forma sustentada na Europa nos últimos 14 anos, onde 39,1% da população entre os 30 e os 34 anos tem um curso superior completo. Portugal andou ainda mais depressa do que o resto da Europa, mas, dado o seu atraso histórico ainda se mantém atrás e a precisar de continuar a pedalar mais depressa para atingir as metas do Europa 2020.

 

De acordo com estatísticas actualizadas esta quarta-feira, dia 26 de Abril, pelo Eurostat, em 2002 só 12,9% da população portuguesa com idade compreendida entre os 30 e os 34 anos tinham completado com sucesso a sua educação terciária (definida como um grau de ensino universitário ou superior, completado após o secundário). Chegados a final de 2016, essa percentagem saltou para os 34,6%, dando conta de um aumento de 2,7 vezes.

O salto é grande, maior do que a média europeia, mas como o ponto de partida era baixo (em 2002 Portugal partia com níveis de escolarização superior que eram metade dos europeus), o resultado comparativo não impressiona.

Na Europa, o conjunto dos 28 Estados tem 39,1% da sua população (com idades entre os 30 e os 34 anos) com educação terciária completa, havendo já alguns países em que a marca dos 50% já foi superada. É o caso da Lituânia (58,7%), do Luxemburgo (54,6%), de Chipre (53,4%), da Irlanda (52,9%) e da Suécia (51%).

As metas europeias, no âmbito do Europa 2020, apontam para uma média de 40% da população com este grau de ensino, e, embora a média europeia já esteja muito próxima deste patamar (há 13 países que já a atingiram), Portugal tem de estugar o passo para lá chegar – em apenas três anos terá de passar dos 34,6% para os 40%.

 

Só na Alemanha é que os homens levam a dianteira

Uma repartição dos números pelo género mostra que as mulheres são predominantes neste grau de ensino. Ao todo, a nível europeu, 43,9% da população feminina entre os 30 e os 34 anos de idade tinham completado o ensino terciário no final de 2016, mais do dobro do que em 2002 (eram de 24,5%). Entre os homens, em contrapartida, só 34,4% têm um diploma superior (22,6% em 2002).

A repartição homem/mulher é igualmente visível em Portugal, onde 41,6% das mulheres completaram ensino superior, por contraste com 27,3% dos homens.

A nível europeu, só a Alemanha destoa desta tendência, com os níveis de escolaridade entre homens e mulheres praticamente equiparados – 33,4% dos homens e 33% das mulheres com idades entre os 30 e os 34 anos completaram formação terciária. 

Abandono escolar ainda alto
Os dados do Eurostat mostram ainda que nos últimos 10 anos Portugal registou uma acentuada redução da taxa de abandono escolar (percentagem da população entre os 18 e 24 anos que não foram além do primeiro ciclo do ensino secundário e não prosseguiram nem estudos nem formação), tendo passado dos 38,5% em 2006 para is 14% dez anos depois. Apesar disso, os valores são muito elevados por comparação com a média europeia, onde a marca é de 10,7%. 

Pior que Portugal só há três países - Malta (19,6%), Espanha (19%) e Roméia (18,5%). 

A meta europeia e nacinal é chegar a 2020 com uma taxa de abandono escolar nunca superior a 10%. 


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