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No mundo Erasmus, Portugal é um país importador

São mais os estudantes com bolsas Erasmus que vêm para Portugal do que o número de portugueses que optam por passar alguns meses no estrangeiro a estudar. Os valores continuam a crescer mas o País representa apenas 2,6% de todas as bolsas dadas neste intercâmbio.

08 de Julho de 2013 às 14:41
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A aposta de Portugal nas exportações também acontece no mundo do Erasmus. Mas o saldo ainda não é positivo. O País continua a “importar” mais estudantes do que aqueles que vão para fora durante alguns meses.

 

Portugal recebeu 9.197 estudantes estrangeiros no ano lectivo 2011/2012 ao abrigo deste programa europeu de intercâmbio, o que correspondeu a uma subida de 8,7% em relação ao no passado, de acordo com os números avançados esta segunda-feira, 8 de Julho, pela Comissão Europeia.

 

O número de estudantes portugueses que decidiram estudar no estrangeiro por entre três a 12 meses também cresceu em 2011/2012, mas apenas 7,7% para os 6.484. Não há ainda dados disponibilizados para o ano escolar 2012/2013.

 

Esta é uma tendência que se intensificou nos últimos anos. Em 2000/2001, Portugal recebia tantos alunos como aqueles que enviava. O que se manteve até 2005. Desde aí, a “importação” tem ganho força. Nos últimos 12 anos, saíram de Portugal 52.912 estudantes no seio deste programa. No mesmo período, o País foi o destino para 62.917 alunos.

 

O principal destino dos estudantes nacionais é Espanha, que tem estado em primeiro lugar nos últimos anos, seguido por Itália, Polónia e República Checa. Em 2011/2012, a França deixou o top cinco para deixar entrar a Alemanha.

 

Da mesma forma, os estudantes que o território nacional recebe vêm, em primeiro lugar, de Espanha, seguidos dos alunos da Polónia, Itália, Alemanha e, depois, da Turquia (que, no último ano para o qual há dados, substituiu também a França).

 

Olhando para os dados relativos a todos os 33 países que acolhem este programa (os 27 Estados Membros, Islândia, Liechtenstein, Noruega, Suíça e Turquia), o destino mais atractivo para quem recebe estas bolsas é Espanha. O país emissor mais significativo é... Espanha.

 

3 milhões

 

Espanha acolheu, no ano em análise, cerca de 16% do número total de Erasmus. Portugal ficou-se por uma quota de 1,6%. A Comissão Europeia destaca, no comunicado emitido esta segunda-feira, o crescimento do número de estudantes que tem vindo a beneficiar das bolsas Erasmus. Depois de ter superado, pela primeira vez, a fasquia dos 200 mil alunos em 2009/2010, dois anos depois ultrapassou a barreira dos 250 mil.

 

Com os dados divulgados, a comissária europeia para a Educação sublinhou que, desde que este programa existe (1987), já foram “movimentados” mais de 3 milhões de alunos.

 

“O programa Erasmus é mais importante do que nunca nestes tempos de crise económica e de elevado desemprego dos jovens: as competências e a experiência internacional adquiridas pelos estudantes Erasmus fazem com que estes tenham maiores possibilidades de emprego e de mobilidade no mercado de trabalho”, declara Androulla Vassiliou, Comissária Europeia para a Educação, a Cultura, o Multilinguismo e a Juventude no comunicado.

 

O programa Erasmus, que esteve em risco de perder financiamento será, agora, substituído pelo Erasmus+, programa da União Europeia para a educação, formação, juventude e desporto, que deverá ser lançado em 2014, e que agrega os vários programas europeus de aprendizagem ao longo da vida.

 

(Gralha corrigida no último parágrafo às 17h02)

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