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Governo vai devolver 30 milhões às universidades

O compromisso foi assumido pelo próprio primeiro-ministro que esteve reunido nesta terça-feira com os reitores, no Ministério da Educação, de acordo com o "Diário Económico".

Bruno Simão/Negócios
27 de Novembro de 2013 às 08:52
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Ao que tudo indica, o Governo vai mesmo corrigir o corte orçamental apurado para as instituições do ensino superior no próximo ano de 2014 que, segundo as contas dos reitores, se traduzia numa perda de 30 milhões de euros, escreve o “Diário Económico” na edição desta quarta-feira, 27 de Novembro.

 

O compromisso terá sido assumido à porta fechada pelo próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que mostrou abertura para corrigir a situação “em fase de execução orçamental”, não tendo contudo avançado datas, contou ao mesmo jornal o reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assunção, depois de uma reunião com o chefe do Executivo, o ministro da Educação, o secretário de Estado do Ensino superior e 12 dos 15 reitores representados no CRUP, que terminou sem reacções.

 

Há muito que os reitores reclamavam a reposição desta verba e o diálogo entre os responsáveis pelas instituições do ensino superior e o ministro da Educação chegou mesmo a ser interrompido na passada semana.

 

Segundo os reitores, a Direcção-geral do Orçamento (DGO) calculou mal o impacto dos cortes salariais no próximo ano nas instituições do ensino superior. A DGO estimou uma redução salarial de 6,5% quando na verdade essa descida ficará pelos 3%, perspectivam os reitores que explicam que a maioria dos trabalhadores das universidades já sofreu cortes salariais este ano pois ganhava acima de 1.500 euros. Além disto, os reitores reclamam da cativação de 2,5% das verbas próprias. Tudo junto faria com que não houvesse dinheiro para pagar salários no final de 2014, ameaçavam.

 

Também ontem os politécnicos se reuniram com o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, mas, neste caso, não houve qualquer desenvolvimento. O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, Joaquim Mourato, disse que saiu da reunião com as mesmas dúvidas com que entrou e mostrou-se preocupado pois se não houver autorização de descativação de 5,8 milhões de euros para os politécnicos até ao final deste ano, os salários de Dezembro ficam em risco.

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