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Como o Liceu Camões está "a dar a volta" à troika

O Negócios visitou a Escola Secundária de Camões (antigo Liceu Camões) para saber que impacto teve a troika naquela instituição de ensino. Falámos com o director, com professores e com um representante da associação de pais. Depois assistimos a uma aula de Ciência Política onde os alunos também deram as suas opiniões.

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20 de Fevereiro de 2014 às 10:00
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É uma escola centenária. Inaugurado em 1909, o Camões é o mais antigo liceu de Lisboa. Agora chama-se Escola Secundária de Camões. Pelos pátios desta insituição de ensino passaram alguns nomes que se destacaram no mundo da política, das artes ou da ciência. Ao longo destes mais de 100 anos aconteceram mudanças profundas no país e também no ensino. Mas a escola manteve-se praticamente na mesma, sem uma intervenção profunda e agora precisa urgentemente de obras. Só que a troika chegou e parou tudo. O processo de renovação da escola, que estava em lista de espera na Parque Escolar, ficou na gaveta. Resta uma maquete que continua em exposição na entrada para o auditório, talvez para não deixar morrer a esperança.

 

A direcção da escola, liderada por João Jaime Pires, tem-se desdobrado para arranjar receitas que permitam fazer pequenas obras, como a renovação das janelas e portas principais do edifício. Uma gala com antigos alunos, aluguer do auditório e do pavilhão e a ajuda dos pais para pintar as paredes das salas, tudo vale para manter a escola de "cara lavada". A troika obrigou também a gerir de outra forma. Agora há uma gestão mais eficiente dos recursos, com menos desperdício.

 

"Não ficámos melhores gestores porque a troika está cá. Gerimos se calhar no sentido de uma país mais real e não tão virtual", diz o director da escola.

 

João Jaime Pires considera que um ponto positivo é que a troika tornou as escolas "mais solidárias". Nesta escola em particular o número de alunos com apoios passou de 60 para 220 em três anos. A isto juntam-se as mudanças na carreira docente. Os professores são cada vez menos nas escolas por via do aumento dos tempos lectivos e do número de alunos por turma. Os alunos queixam-se de que os professores andam desmotivados e os pais temem que os filhos não consigam uma oportunidade de trabalho em Portugal. 

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