As próximas segunda e quarta-feiras serão dias de nervos para os alunos do quarto e do sexto anos de escolaridade. No primeiro dia realizarão a prova final de português. No segundo serão testados nos seus conhecimentos de matemática. Os resultados serão divulgados a 12 de Junho e os alunos que não obtiverem aprovação poderão frequentar um período de recuperação até ao início de Julho e repetir as provas nesse mês.

As provas finais serão realizadas por cerca de 220 mil alunos do 4º ano e do 6º ano e este ano as provas terão um peso de 30% na nota dos alunos do 4º ano. No ano passado, as provas aplicadas aos alunos do 6º ano já tinham esse peso, mas no 4º ano ainda só valiam 25% da nota. 

Para vigiar as provas foram chamados perto de 10 mil professores para cada ciclo. As provas do 4.º e 6.º anos de escolaridade realizam-se em 1.088 e 1.150 escolas, respetivamente, refere o Ministério da Educação e Ciência em comunicado. A prova de Português do 4º ano decorre na segunda-feira pelas 9h30 e de Matemática será à mesma hora de quarta-feira. Já os alunos do 6º ano fazem as provas nesses mesmos dias mas pelas 14h00.

Este ano, ao contrário do que aconteceu no ano passado, as provas para os dois ciclos realizam-se nos mesmos dias para que os alunos do 6º ano tenham, à semelhança do que já aconteceu aos do 4º no ano passado, a possibilidade de – caso chumbem – frequentar o período de acompanhamento extraordinário até ao dia 4 de Julho que os preparará para a segunda fase dos exames a decorrer nos dias 9 (Português) e 14 de Julho (Matemática).

Alunos de outros anos arriscam a ficar sem aulas

Com a realização das provas dos dois ciclos no mesmo dia, os alunos dos outros anos de escolaridade a frequentar as escolas onde os exames serão realizados arriscam a ficar sem aulas.

"Nas escolas onde há apenas um edifício os outros alunos ficarão sem aulas nesses dias", confirmou ao Negócios Adelino Calado, presidente da Associação de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicos.

Questionado sobre o impacto destas provas, fonte oficial do Ministério da Educação disse que o calendário de provas finais e exames nacionais de 2014 foi aprovado "há quase um ano, de forma a permitir uma organização com o máximo de antecipação por parte das escolas".

Esse despacho determina ainda que "no peri´odo em que decorre a realizac¸a~o das provas finais e dos exames, as escolas devem adoptar medidas organizativas ajustadas para os anos de escolaridade na~o sujeitos a exame, de modo a garantir o ma´ximo de dias efetivos de atividades escolares e o cumprimento integral dos programas e das metas curriculares nas diferentes disciplinas."