Notícia
Von der Leyen critica concorrência de chineses "fortemente subsidiados" na UE
Há duas semanas a presidente da Comissão Europeia anunciou a abertura de uma investigação a subvenções chinesas, alegadamente ilegais, ao setor dos carros elétricos.
26 de Setembro de 2023 às 12:11
A presidente da Comissão Europeia criticou esta terça-feira a concorrência de "atores estrangeiros fortemente subsidiados" na União Europeia (UE), numa alusão aos carros elétricos chineses vendidos mais baratos que os europeus, prometendo acabar com "práticas desleais".
"No que respeita à concorrência desleal, as nossas empresas europeias enfrentam com demasiada frequência a concorrência de atores estrangeiros fortemente subsidiados. Pensemos na indústria automóvel. [...], mas ao mesmo tempo os mercados mundiais são inundados por carros elétricos chineses baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais", declarou Ursula von der Leyen.
Intervindo na Cimeira sobre o Pacto Ecológico europeu, na capital checa, em Praga, a líder do executivo comunitário justificou que, por essa razão, a UE está a avançar com a investigação contra os subsídios aos veículos elétricos provenientes da China, anunciada em meados deste mês.
"As empresas europeias estarão sempre prontas para a verdadeira concorrência - a concorrência em termos de custo-eficácia e qualidade -, mas esta tem de ser justa e nós protegeremos as empresas europeias da concorrência desleal", prometeu.
Estas declarações de Ursula von der Leyen surgem quando termina a viagem do vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta do Comércio, Valdis Dombrovskis, à China, ocasião na qual o responsável pediu cooperação a Pequim na investigação aberta por Bruxelas sobre subvenções chinesas, alegadamente ilegais, ao setor dos carros elétricos, de acordo com fontes europeias.
De momento, existem tensões comerciais entre Bruxelas e Pequim, já que há duas semanas a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, anunciou a abertura da investigação, no seguimento da recolha de provas durante um ano por parte dos serviços da instituição.
No dia seguinte ao anúncio da investigação, a China manifestou "sérias preocupações e forte insatisfação", acusando a UE de "um flagrante ato de protecionismo em nome da concorrência leal".
Segundo dados da Comissão Europeia, os carros elétricos chineses, que entraram recentemente na UE, já representam 8% do mercado total, sendo 20% mais baratos face à concorrência europeia.
A China, que tem emergido como potência económica, tem avançado com uma robusta estratégia de investimento estatal, que a UE contesta por afetar a concorrência.
Em causa estão avultadas subvenções a empresas chinesas a investir no estrangeiro, principalmente em setores estratégicos.
Dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China indicam que as exportações de veículos elétricos pela China mais do que duplicaram (+110%), entre janeiro e agosto.
No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos -- mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês e fortes apoios estatais propiciaram a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng.
"No que respeita à concorrência desleal, as nossas empresas europeias enfrentam com demasiada frequência a concorrência de atores estrangeiros fortemente subsidiados. Pensemos na indústria automóvel. [...], mas ao mesmo tempo os mercados mundiais são inundados por carros elétricos chineses baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais", declarou Ursula von der Leyen.
"As empresas europeias estarão sempre prontas para a verdadeira concorrência - a concorrência em termos de custo-eficácia e qualidade -, mas esta tem de ser justa e nós protegeremos as empresas europeias da concorrência desleal", prometeu.
Estas declarações de Ursula von der Leyen surgem quando termina a viagem do vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta do Comércio, Valdis Dombrovskis, à China, ocasião na qual o responsável pediu cooperação a Pequim na investigação aberta por Bruxelas sobre subvenções chinesas, alegadamente ilegais, ao setor dos carros elétricos, de acordo com fontes europeias.
De momento, existem tensões comerciais entre Bruxelas e Pequim, já que há duas semanas a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, anunciou a abertura da investigação, no seguimento da recolha de provas durante um ano por parte dos serviços da instituição.
No dia seguinte ao anúncio da investigação, a China manifestou "sérias preocupações e forte insatisfação", acusando a UE de "um flagrante ato de protecionismo em nome da concorrência leal".
Segundo dados da Comissão Europeia, os carros elétricos chineses, que entraram recentemente na UE, já representam 8% do mercado total, sendo 20% mais baratos face à concorrência europeia.
A China, que tem emergido como potência económica, tem avançado com uma robusta estratégia de investimento estatal, que a UE contesta por afetar a concorrência.
Em causa estão avultadas subvenções a empresas chinesas a investir no estrangeiro, principalmente em setores estratégicos.
Dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China indicam que as exportações de veículos elétricos pela China mais do que duplicaram (+110%), entre janeiro e agosto.
No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos -- mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês e fortes apoios estatais propiciaram a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng.