Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), entusiasmou os investidores, na semana passada, ao dizer que a autoridade monetária estava disponível para fazer tudo o que fosse necessário para salvar o euro. Esta quinta-feira, apenas alguns dias depois, o presidente do BCE, decepcionou os mercados ao anunciar... uma intenção.

Após o encontro dos Governadores do BCE - em que a autoridade monetária admitiu voltar aos mercados de dívida - o Negócios foi ouvir a opinião de Sandro Mendonça, economista, e de João Queiroz, director de negociação da GoBulling, para tentar perceber como os investidores receberam as palavras de Draghi.

Sandro Mendonça destaca que o BCE fez "pouco para a dimensão do problema", isto é, a crise que assola a Europa, apesar de estar já a ultrapassar os limites do seu mandato. O economista defende ainda que as palavras do presidente da autoridade monetária não reflectem aquilo que foi entendido e que vai no sentido de que o BCE faz tudo para salvar a moeda única. O que Draghi pretendia era dizer "que dirá tudo o que for possível para salvar o euro".