A VI Cimeira da CPLP, que assinala também o 10º aniversário da organização lusófona, vai ser hoje ensombrada pela ausência do p residente em exercício da comunidade, o chefe de Estado são-tomense, facto desdramatizado através de diplomacia dos "oito".

Apressados em desmistificar a ausência de Fradique de Menezes na Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), vários chefes de Estado e de Governo utilizaram todos a expressão «aceitável e compreensível».

 No entanto, poucos foram os que conseguiram disfarçar alguma indignação , sobretudo entre os membros do governo, pela «afronta» ao presidente anfitrião, João Bernardo «Nino» Vieira, que irá receber do primeiro-ministro são-tomense a "passagem de testemunho" da presidência rotativa da comunidade.

A explicação da ausência de Fradique de Menezes foi avançada aos jornalistas pelo primeiro-ministro são-tomense, Tomé Vera Cruz, que, ao juntar a indicação de que o presidente estava «afónico», «lembrou», na véspera do dia da cimeira, que o presidente estava envolvido na campanha eleitoral das presidenciais, a realizar dia 30.

Independentemente da ausência do ainda presidente em exercício da CPLP  no ano em que comemora o seu 10º aniversário, todos os documentos a sair da reunião de chefes de Estado e de Governo dos "oito" foram aprovados domingo na XI reunião do Conselho de Ministros.

A partir de hoje, dois novos países - Guiné Equatorial e Ilhas Maurícias - e 17 outras organizações e instituições passam a integrar a CPLP com o estatuto de «observadores associados», alterados que foram os estatutos nesse sentido .

O secretário executivo da CPLP, o embaixador cabo-verdiano Luís Fonseca , que se manterá no cargo por mais dois anos, lembrou domingo à noite os principais pontos aprovados.