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Uma cimeira luso-espanhola marcadamente europeia

Passos Coelho e Mariano Rajoy encontraram-se esta manhã na Galiza, no âmbito da Cimeira Luso-espanhola. Com um discurso virado para fora, Passos destacou as relações bilaterais com a Espanha e a necessidade de se tornar os países europeus “globalmente mais competitivos e mais resistentes aos choques”.

22 de Junho de 2015 às 16:03
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"A cimeira de hoje tem um simbolismo particular por assinalarmos este ano o trigésimo aniversário de adesão à CEE", começou por dizer Passos Coelho, dando pistas sobre a orientação de um discurso mais virado para a construção europeia do que para as relações entre Portugal e Espanha.

"Hoje assumimos como perfeitamente natural uma relação descomplexada de parceria entre Portugal e Espanha, mas devemos lembrar que durante muito tempo não foi assim", recorda Passos Coelho, considerando que os dois países construíram ao longo do tempo um espaço de cooperação, espelho do projecto europeu.

O primeiro-ministro português salientou as estreitas relações comerciais entre os dois países, assim como a cooperação na resposta aos desafios de segurança.

Foram fechados nesta cimeira acordos bilaterais nas áreas da defesa, saúde, turismo, emprego e transportes, adiantou ainda Passos Coelho. "Tudo o que bom para Portugal e para os portugueses, é bom para os espanhóis", disse Mariano Rajoy, salientando que entre os dois países há "projectos concretos que melhoram o bem-estar dos nossos cidadãos".

"Uma maior integração europeia é benéfica para os dois países", disse ainda o primeiro-ministro português, salientando a necessidade de "dar novos passos no sentido de uma maior convergência entre os países no sentido de solidificar a moeda única".

"Defendemos que com base nos esforços nacionais que foram feitos até aqui, é altura de completar as respostas parcelares que foram dadas desde 2010 e que visaram a estabilização da situação de crise", disse Passos Coelho, apelando a uma união da "responsabilidade nacional à responsabilidade comum" no sentido de tornar os países europeus "globalmente mais competitivos e mais resistentes aos choques".

O impasse grego não passou ao lado desta cimeira, e tanto Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, como Passos Coelho destacaram a solidariedade europeia para com a Grécia, reforçaram a necessidade de chegar a acordo e de o Governo grego cumprir com os seus compromissos.

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