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UGT defende fundos complementares de pensões
João Proença defende que «fundos complementares de pensões são o caminho adequado», no âmbito da reforma da Segurança Social.
João Proença defende que «fundos complementares de pensões são o caminho adequado», no âmbito da reforma da Segurança Social.
Em entrevista publicada hoje no «Semanário Económico», o secretário-geral da UGT diz concordar com a generalidade das propostas feitas por José Sócrates para reformar a Previdência, que estão agora precisamente a ser debatidas em sede de Concertação Social.
Mas o incentivo à criação de fundos complementares de pensões, a cargo das empresas e dos trabalhadores, é o caminho adequado para resolver o problema de financiamento do sistema de previdência social, considera.
A UGT quer «uma Segurança Social que garanta um nível de pensões adequado, mas que por via da negociação colectiva o trabalhador possa prescindir de algum salário no imediato para beneficiar a pensão futura - mas desde que haja contribuição também do empregador», explica o seu líder.
«Poderá ser interessante que haja um ajuste à esperança média de vida de uma forma gradual mas têm de se criar mecanismos de compensação para não haver redução do valor das pensões», afirma Proença, sobre uma das proposta do ministro Vieira da Silva.
Sobre a possibilidade de haver acordo em sede de Concertação Social, para o qual Sócrates disse haver espaço, João Proença responde: «O primeiro-ministro não é um árbitro, é também uma parte interessada. Pelo que conheço da equipa do Ministério da Solidariedade Social, sei que há um compromisso sério em se discutir. Mas se é possível viabilizar um acordo? Para já, não sei.»