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Ucrânia diz ter 335 mil milhões de euros em recursos naturais em território ocupado

Valor é divulgado num momento em que o Presidente norte-americano exige quase 500 mil milhões de euros de compensação aos EUA pelo apoio militar e financeiro a Kiev.

A invasão russa da Ucrânia relançou a necessidade de reforçar o investimento militar sobretudo na Europa.
Reuters
14:07
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A Ucrânia estima ter 350 mil milhões de dólares (cerca de 335 mil milhões de euros) em recursos naturais "críticos", incluindo titânio, em território ocupado pela Rússia, disse este domingo a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.

"Temos informações de que, infelizmente, materiais críticos no valor de cerca de 350 mil milhões de dólares estão em território temporariamente ocupado", disse numa conferência de imprensa em Kiev, numa altura em que existem tensões com os Estados Unidos sobre uma proposta de acordo sobre minerais ucranianos.

Yulia Sviridenko alertou que Moscovo utilizará recursos como o alumínio para reforçar a sua aviação e citou o alumínio, o urânio, o lítio e as terras raras entre os recursos críticos da Ucrânia.

A responsável, que é também ministra da Economia, sublinhou a importância de a Ucrânia melhorar a sua capacidade de processamento desses recursos e disse que é necessário realizar uma nova avaliação geológica do seu subsolo para poder oferecer estimativas atualizadas do valor dos recursos naturais dos quais Trump quer beneficiar.

Desde há várias semanas que Donald Trump exige o equivalente a 500 mil milhões de dólares (478 mil milhões de euros) em terras raras como compensação pelo apoio norte-americano a Kiev face à invasão russa, condições que são inaceitáveis para a Ucrânia nesta fase.

A Ucrânia continua a trabalhar para fechar o acordo proposto a Kiev por Washington para que os EUA possam ter acesso à exploração dos recursos naturais ucranianos como pagamento pela assistência oferecida desde o início da invasão russa, explicou hoje o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrí Yermak, na mesma conferência.

"Ninguém rejeitou nada", disse Yermak, em Kiev. O chefe do gabinete presidencial ucraniano acrescentou que o processo de trabalho para finalizar os detalhes do acordo continua de forma "normal" e insistiu que o documento final deve refletir tanto "o interesse nacional da Ucrânia" como os interesses dos seus parceiros.

Yermak fez estas declarações depois de representantes da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo o próprio presidente, terem censurado o líder ucraniano Volodymyr Zelensky por não ter aceitado para já a proposta feita pelos EUA.

Zelensky explicou que o acordo original apresentado pelos EUA era inaceitável para a Ucrânia, uma vez que não incluía qualquer referência a garantias de apoio contínuo dos EUA em troca do acesso aos recursos naturais ucranianos.

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