Notícia
Biden quer ajuda a Kiev aprovada "rapidamente" pelo Congresso
A invasão russa da Ucrânia dá a oportunidade à indústria de defesa dos EUA e da Europa de aumentar os lucros, tendo em conta que os governos e parlamentos desde Washington a Varsóvia estão dispostos a aumentar os gastos com defesa.
04 de Maio de 2022 às 09:24
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu esta terça-feira ao Congresso norte-americano que aprove "rapidamente" a extensão do pacote de assistência militar à Ucrânia, que permite manter a entrega de armamento na frente de combate.
"Precisamos de mais dinheiro para garantir que os Estados Unidos podem continuar a enviar armas e fornecer ajuda humanitária à Ucrânia", salientou Biden, durante uma visita a uma fábrica de mísseis Javelin no Estado do Alabama.
Na semana passada, Joe Biden pediu ao Congresso mais 33 mil milhões de dólares (cerca de 31 mil milhões de euros), pacote de assistência que permitirá acelerar o envio de armamento para a frente de combate.
O chefe de Estado norte-americano elogiou também esta terça-feira os trabalhadores da fábrica de mísseis Javelin e os norte-americanos em geral, por contribuírem "diretamente para a defesa da liberdade" dos ucranianos perante a invasão russa.
"Vocês estão a permitir que os ucranianos se defendam", realçou Biden aos trabalhadores da fábrica de mísseis Javelin, que está a produzir armas antitanque para serem enviadas para a Ucrânia.
Rodeado por lançadores de mísseis Javelin, o chefe de Estado norte-americano sublinhou ainda que os ucranianos estão a conseguir enganar os militares russos "em muitos casos".
Joe Biden revelou que há pais ucranianos a chamarem os seus filhos "Javelin" e "Javelina", devido ao sucesso das armas que os Estados Unidos estão a fornecer à Ucrânia para se defender da invasão russa.
O leve mas letal sistema Javelin tem ajudado os ucranianos a infligirem grandes danos às forças russas, maiores e mais bem equipadas.
"Cada trabalhador nesta instalação e cada contribuinte americano está a contribuir diretamente para a defesa da liberdade", vincou Biden.
A visita presidencial à Lockheed Martin chamou também a atenção para a preocupação crescente, à medida que a guerra se arrasta, de se os Estados Unidos podem manter a cadência de envio de grandes quantidades de armas para a Ucrânia, mantendo o seu stock de armamento 'saudável'.
Os norte-americanos forneceram pelo menos 7.000 Javelins, incluindo alguns transferidos durante o governo Trump, ou seja, cerca de um terço do seu arsenal, para a Ucrânia nos últimos anos, segundo uma análise de Mark Cancian, consultor sénior do Centro de Estratégias e Relações Internacionais.
O governo liderado por Biden comprometeu-se a enviar 5.500 destas armas antitanque desde o início da invasão russa.
Analistas estimam ainda que os Estados Unidos enviaram cerca de um quarto do seu arsenal de mísseis Stinger para a Ucrânia.
O CEO da Raytheon Technologies, Greg Hayes, disse aos investidores na semana passada, durante uma videoconferência trimestral, que a sua empresa, que fabrica o sistema de armas, não seria capaz de aumentar a produção até ao próximo ano, devido à escassez de peças.
Para MarkCancian, este é um problema, visto que a produção de ambos os sistemas de armas, Stingers e Javelins, foi limitada nos últimos anos.
A invasão russa da Ucrânia dá a oportunidade à indústria de defesa dos EUA e da Europa de aumentar os lucros, tendo em conta que os governos e parlamentos desde Washington a Varsóvia estão dispostos a aumentar os gastos com defesa.
Os desafios, no entanto, são a escassez de mão de obra ou de materiais.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
"Precisamos de mais dinheiro para garantir que os Estados Unidos podem continuar a enviar armas e fornecer ajuda humanitária à Ucrânia", salientou Biden, durante uma visita a uma fábrica de mísseis Javelin no Estado do Alabama.
O chefe de Estado norte-americano elogiou também esta terça-feira os trabalhadores da fábrica de mísseis Javelin e os norte-americanos em geral, por contribuírem "diretamente para a defesa da liberdade" dos ucranianos perante a invasão russa.
"Vocês estão a permitir que os ucranianos se defendam", realçou Biden aos trabalhadores da fábrica de mísseis Javelin, que está a produzir armas antitanque para serem enviadas para a Ucrânia.
Rodeado por lançadores de mísseis Javelin, o chefe de Estado norte-americano sublinhou ainda que os ucranianos estão a conseguir enganar os militares russos "em muitos casos".
Joe Biden revelou que há pais ucranianos a chamarem os seus filhos "Javelin" e "Javelina", devido ao sucesso das armas que os Estados Unidos estão a fornecer à Ucrânia para se defender da invasão russa.
O leve mas letal sistema Javelin tem ajudado os ucranianos a infligirem grandes danos às forças russas, maiores e mais bem equipadas.
"Cada trabalhador nesta instalação e cada contribuinte americano está a contribuir diretamente para a defesa da liberdade", vincou Biden.
A visita presidencial à Lockheed Martin chamou também a atenção para a preocupação crescente, à medida que a guerra se arrasta, de se os Estados Unidos podem manter a cadência de envio de grandes quantidades de armas para a Ucrânia, mantendo o seu stock de armamento 'saudável'.
Os norte-americanos forneceram pelo menos 7.000 Javelins, incluindo alguns transferidos durante o governo Trump, ou seja, cerca de um terço do seu arsenal, para a Ucrânia nos últimos anos, segundo uma análise de Mark Cancian, consultor sénior do Centro de Estratégias e Relações Internacionais.
O governo liderado por Biden comprometeu-se a enviar 5.500 destas armas antitanque desde o início da invasão russa.
Analistas estimam ainda que os Estados Unidos enviaram cerca de um quarto do seu arsenal de mísseis Stinger para a Ucrânia.
O CEO da Raytheon Technologies, Greg Hayes, disse aos investidores na semana passada, durante uma videoconferência trimestral, que a sua empresa, que fabrica o sistema de armas, não seria capaz de aumentar a produção até ao próximo ano, devido à escassez de peças.
Para MarkCancian, este é um problema, visto que a produção de ambos os sistemas de armas, Stingers e Javelins, foi limitada nos últimos anos.
A invasão russa da Ucrânia dá a oportunidade à indústria de defesa dos EUA e da Europa de aumentar os lucros, tendo em conta que os governos e parlamentos desde Washington a Varsóvia estão dispostos a aumentar os gastos com defesa.
Os desafios, no entanto, são a escassez de mão de obra ou de materiais.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.