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Tráfego cai apesar de investimentos de mil milhões em transportes Sintra/Lisboa
Os investimentos em infra-estruturas de transportes públicos no eixo Sintra/Lisboa ascenderam a 1,09 mil milhões de euros nos últimos dez anos. No entanto, o tráfego de passageiros caiu 14% e o transporte individual cresceu 19%.
Para inverter esta situação, comum a outros países europeus, vai ser lançada uma campanha de promoção do transporte público no eixo Lisboa/Sintra, apresentada hoje de manhã.
O objectivo é mostrar uma qualidade de oferta que existe na sequência destes investimento, mas que grande parte do público desconhece, frisou a directora de transportes de Lisboa, Isabel Seabra.
A iniciativa surgiu de um despacho da secretaria de Estado dos Transportes, contando com a participação das empresas do sector que operam neste eixo (públicas e privadas), das câmaras de Lisboa e Sintra e da Direcção-Geral dos Transportes Terrestres.
Nos dois concelhos envolventes, habitam 540 mil pessoas que diariamente efectuam cerca de 75 mil deslocações com destino em Lisboa. Entre os dois sentidos, ou seja no IC 19, circulam aproximadamente 126 mil veículos automóveis nos dois sentidos.
A grande aposta é mostrar às pessoas o aumento da qualidade, a melhoria da pontualidade e a crescente interoperabilidade entre os meios comboio, autocarro e metro, acrescentou ainda Óscar Amorim, em representação da secretaria de Estado dos Transportes.
Comboios absorvem mais de 70% do investimentoO investimento de mais de mil milhões de euros efectuado no eixo Sintra/Lisboa distribui-se pelas infra-estruturas ferroviárias e interfaces, no valor de 395 milhões de euros, pela compra de novos comboios para a Linha de Sintra, no montante de 340 milhões de euros. A expansão do Metro envolveu 249,3 milhões de euros.
A campanha de promoção vai desenvolver-se em duas fases, a primeira em Maio e a segunda em Outubro. O seu custo não chega aos 300 mil euros, sendo financiada pelas empresas participantes.
A campanha vai privilegiar como suportes os «mupis», os «outdoors», monopostes e «spots» de rádio. Está prevista a sua extensão a outros eixos da Área Metropolitana de Lisboa.