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Trabalhadores da Casa da Moeda apupam ministro das Finanças e aplaudem Presidente

Dezenas de trabalhadores da Casa da Moeda, concentrados em frente a esta instituição, apuparam esta segunda-feira o ministro das Finanças e aplaudiram o Presidente da República, a quem entregaram um abaixo-assinado, pedindo-lhe que interceda junto do Governo.

3º Marcelo Rebelo de Sousa, 1169 notícias - Terão sido poucos os dias em que o Presidente da República não fez declarações públicas este ano.
Miguel Baltazar/Negócios
16 de Janeiro de 2017 às 20:11
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Dezenas de trabalhadores da Casa da Moeda manifestaram-se hoje pelo descongelamento de salários e carreiras, em frente à Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM), em Lisboa, coincidindo com a inauguração do novo Museu Casa da Moeda, marcada para as 18:30, para a qual estavam convidados vários membros do Governo e o Presidente da República.

 

Já informado de que os trabalhadores tinham um abaixo-assinado para lhe entregar, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dirigiu-se a eles e recebeu o documento, declarando: "Muito obrigado, vou ver".

 

Quando o ministro das Finanças, Mário Centeno, chegou ao local e saiu do carro, os trabalhadores apuparam-no. Antes, tinham chegado os ministros da Cultura e da Presidência, em relação aos quais não houve qualquer manifestação.

 

O Presidente da República chegou depois, perto das 18:30, e foi recebido com palmas. O carro que levava o chefe de Estado parou perto dos trabalhadores, e Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se de imediato a estes, perguntando: "Quem é que tem um abaixo-assinado para mim?".

 

Depois de cumprimentar vários trabalhadores, o Presidente da República chegou ao pé do dirigente sindical Navalha Garcia, que lhe entregou o documento: "Isto é o abaixo-assinado dos trabalhadores para o senhor Presidente interceder junto do Governo para que consiga resolver o nosso problema". "Muito obrigado, vou ver", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Navalha Garcia disse que os trabalhadores da INCM "desde 2010 que não vêem os salários actualizados, têm as carreiras profissionais e as diuturnidades também congeladas".

 

Enquanto o chefe de Estado se afastava, os trabalhadores voltaram a aplaudi-lo, e alguns gritaram: "Ajude-nos, ajude-nos". Houve também quem gritasse "é o Presidente do povo".

 

Após a inauguração do Museu Casa da Moeda, com o ministro das Finanças ao seu lado, o Presidente da República foi questionado sobre a polémica em torno da descida da Taxa Social Única (TSU) acordada em Concertação Social, mas afirmou que só falará do assunto depois de receber o diploma. "Não me vou pronunciar sobre uma matéria que ainda não me chegou às mãos. É pena não nos encontrarmos mais tarde no dia de hoje, ou amanhã, ou depois de amanhã", observou.

 

Quanto às reivindicações dos trabalhadores da Casa da Moeda, o chefe de Estado declarou: "Já comecei a falar com o presidente desta casa. E, depois de ler com atenção o que recebi, falarei mais sobre aquela matéria que, como sabem, diz respeito ao estatuto salarial".

 

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a situação daqueles trabalhadores é "largamente comum com a da Administração Pública em geral". 

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