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Temido garante distribuição da vacina contra a covid "em janeiro"

A ministra da Saúde refere que, quanto à vacina contra a covid-19, será necessário identificar as populações alvo das primeiras doses disponíveis, designadamente a definição dos grupos prioritários. Quanto à vacina contra a gripe, frisa que deve ser aplicada sobretudo às pessoas com indicação médica nesse sentido. 

18 de Novembro de 2020 às 13:22
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A ministra da Saúde assegurou que o Governo está a "preparar tudo para poder ter a distribuição da primeira vacina [contra a covid] em janeiro" e alertou para a importância de apenas ser vacinado contra a gripe quem tem indicação para tal, revelando ainda que optou por não se vacinar pois a disponibilidade destas vacinas no mercado é limitada.

Em entrevista ao podcast do PS "Política com Palavra", Marta Temido referiu que, quanto à vacina contra a covid-19, será necessário proceder à identificação das populações alvo das primeiras doses disponíveis, designadamente a definição dos grupos prioritários. Além disso será preciso definir bem a logística. Já quanto à vacina contra a gripe, a governante socialista frisou que deve ser aplicada sobretudo às pessoas com indicação médica nesse sentido. 

"É importante dizer que só deve vacinar-se quem tem critério... é importante que se perceba isto, para todas as vacinas. (...) Há indicações terapêuticas que devem ser seguidas. Eu, por exemplo, não me vacinei", afirmou Marta Temido ao podcast Política com Palavra.

Questionada sobre as vacinas contra a gripe adquiridas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a ministra explicou que todos os anos são fabricadas "em quantidade limitada", sublinhou que este ano foram compradas mais doses do que no ano passado e que as 2,5 milhões disponíveis (no SNS e nas farmácias) "seriam suficientes para a vacinação que habitualmente o país faz".

Sublinhando que o Governo adquiriu para o SNS "toda a quantidade que podia" de vacinas da gripe - mais de dois milhões de doses -, a ministra lembrou que as farmácias conseguiram comprar cerca de 500 mil e que, no total, isso seria necessário para quem tem indicação de fazer a vacina a receber.

"Este ano tivemos uma procura de pessoas que habitualmente não se vacina", disse a ministra, dando o exemplo de muitos profissionais de saúde.

Segundo os dados disponibilizados pela governante, foram administradas 1,4 milhões de doses da vacina da gripe e há ainda 400 mil em 'stock' para serem administradas.

"A última fatia - de 200 mil doses - chegará no final do mês", disse a ministra, lembrando que "não há mais vacinas disponíveis no mercado mundial".

Sobre a forma como a Direção-Geral da Saúde tem lidado com a pandemia e sobre se mantém a confiança na diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a ministra respondeu: "Absolutamente".

Quanto à vacina contra a covid-19, a ministra disse que o Governo está a "prepara tudo para poder ter a distribuição da vacina em janeiro" e que os especialistas estão a trabalhar em quatro tópicos: a população alvo a vacinar e os grupos prioritários, a logística (transporte e armazenamento), o registo informático da administração da vacina e eventuais reações adversas e a comunicação.

"Está uma 'task-force' a acompanhar o tema, com elementos dos serviços centrais, da DGS e peritos que deve fazer essa definição [da estratégia de vacinação]", afirmou, sublinhando que estarão em analise os grupos alvo acima de determinada idade, as pessoas com comorbilidades, os profissionais de saúde e dos serviços essenciais (proteção civil e forças de segurança) e, eventualmente, os dos serviços sociais.

"A definição concreta e prioridades ainda terão de ser melhor especificadas", acrescentou.

Já na conferência de imprensa sobre os últimos números da covid-19 em Portugal, Marta Temido afirmou que o plano de vacinação deverá ser apresentado "o mais tardar" no início de dezembro. 

(Notícia atualizada às 14:55.)
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