A taxa de desemprego dos Estados Unidos (EUA) recuou inesperadamente em Fevereiro para os 5,5%, para o nível mais baixo desde Outubro, beneficiando da criação de 66 mil novos empregos, o valor mais elevado em um ano.

No primeiro mês deste ano, a taxa de desemprego dos EUA situou-se nos 5,6%. Os analistas previam que este indicador avançasse em Fevereiro para os 5,8% e que não se verificasse um crescimento do emprego.

Em Janeiro, o número de empregados havia recuado em 126 mil, depois da queda de 106 mil verificada no último mês do ano passado. Desde Outubro que não se registava um aumento do emprego nos EUA.

Estes dados sugerem que a retoma da maior economia mundial poderá demorar menos tempo que o previsto, uma vez que a recuperação do mercado de trabalho poderá suster a confiança dos consumidores e estimular o consumo.

O presidente da Reserva Federal (FED), Alan Greenspan, disse ontem que a economia dos Estados Unidos já está a recuperar, embora tenha previsto que a recuperação da actividade económica ocorra a um ritmo lento.

Nos últimos dias, foram divulgados vários indicadores que aumentaram o optimismo sobre a recuperação dos EUA. A produção manufactureira e o sector dos serviços registaram expansões em Fevereiro, o que não acontecia em simultâneo há cerca de dois anos.

No último trimestre do ano passado, o produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 1,4%, com a economia norte-americana a escapar a uma recessão técnica, uma vez que não chegaram a ocorrer dois trimestres seguidos de contracção.