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TAP: Livre e BE querem ouvir no parlamento ministro Miguel Pinto Luz

O Livre quer também chamar ao parlamento a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e o antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro.

Lusa / Arquivo
03 de Setembro de 2024 às 12:44
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O Livre e o Bloco de Esquerda (BE) querem ouvir o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no parlamento, 

na sequência das conclusões do relatório Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a TAP.

O grupo parlamentar do BE propõe "a realização de um debate sobre a situação na TAP, na Comissão Permanente do próximo dia 11 de setembro, com a presença do Ministro das Infraestruturas e da Habitação".

Já o Livre, quer chamar ao parlamento não só Pinto Luz como a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque. O anúncio foi feito pela líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

Miguel Pinto Luz era secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações no segundo governo liderado Pedro Passos Coelho, que caiu após ter sido chumbado o seu programa no parlamento, mas que concluiu o processo de privatização da TAP, em 2015.

Maria Luís Albuquerque, que em 2015 era ministra de Estado e das Finanças, foi escolhida pela Governo de Luís Montenegro para comissária europeia.

À lista de ex-governantes que o partido quer ouvir com urgência no parlamento junta-se também o antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro.

A líder parlamentar do Livre considerou que a TAP ter sido comprada com o próprio dinheiro da empresa foi "uma chico-espertice de um empresário".

"Isso é grave, é lesivo para o interesse público e da TAP", defendeu a deputada.

Isabel Mendes Lopes considerou também os responsáveis públicos à altura da privatização "sabiam e foram cúmplices deste esquema".

A deputada do Livre defendeu também que "é muito importante que a investigação do Ministério Público seja feita o mais rápido possível" e que o Ministério Público "seja muito ágil na investigação".

Isabel Mendes Lopes afirmou também que as conclusões da IGF mostram "quão errado é continuar com a ideia de privatizar a TAP", sustentando que "o país tem de investir" numa empresa que "é motor de desenvolvimento económico e pode ser motor de desenvolvimento científico".

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