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Subida da inflação reduz margem para BCE descer juros

A margem de manobra par o Banco Central Europeu reduzir os juros é cada vez menor. O Eurostat anunciou hoje que a inflação da Zona Euro disparou para 3,3% em Fevereiro, acima do esperado pelos economistas, que agora também já estão mais cépticos com a pos

14 de Março de 2008 às 10:36
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A margem de manobra para o Banco Central Europeu reduzir os juros é cada vez menor. O Eurostat anunciou hoje que a inflação da Zona Euro disparou para 3,3% em Fevereiro, acima do esperado pelos economistas, que agora também já estão mais cépticos com a possibilidade da autoridade monetária da Zona Euro descer o preço do dinheiro.

Segundo o Eurostat o índice de preços no consumidor cresceu a uma taxa anual de 3,3% em Fevereiro, acima da anterior estimativa e do que os economistas estavam à espera.

Noutro relatório, a Comissão Europeia revelou que os custos laborais, no quarto trimestre, cresceram ao ritmo mais elevado desde 2006, mais um sinal de que as pressões inflacionistas são uma ameaça para a economia europeia.

A escalada da inflação, já bem acima da meta do BCE de 2%, está relacionada sobretudo com a forte subida nos preços dos alimentos e dos combustíveis. Trichet tem repetido que o foco do BCE é o combate à inflação, sugerindo que não vai descer os juros actualmente nos 4%.

O preço do petróleo tem atingido máximos históricos consecutivos e negoceia já acima dos 107 dólares em Nova Iorque, uma escalada que tem forte impacto na subida dos preços, não só dos combustíveis, mas também de outros produtos.

Para agravar a situação, as matérias-primas alimentares cotadas em bolsa estão também em forte alta, impulsionando os preços dos bens alimentares como o pão e o leite. O preço do trigo mais do que duplicou no último ano.

O preço dos alimentos acelerou em 5,8% em Fevereiro, contra o mesmo mês do ano anterior. Já a escalada dos preços da energia foi mais acentuada: disparou para um crescimento de 10,4%.

Se a margem de manobra para o BCE descer os juros era já reduzida, o relatório do Eurostat revela que agora é quase nula, apesar da crise do crédito ser uma ameaça ao crescimento económico da região.

Se antes dos economistas estavam à espera que o BCE descesse os juros já na primeira metade deste ano, agora aguardam um movimento da autoridade monetária só para o final de 2008.

A JPMorgan estima que o BCE corte os juros em Setembro, quando antes antecipava uma redução para Abril. O Royal Bank of Scotland também diz que o BCE deve adiar o corte nos juros.

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