Notícia
DBRS: Subida de preços é transitória mas inflação de base pode ficar mais tempo
DBRS afirma que os principais fatores do aumento da inflação são a energia, transportes, matérias-primas e outros fatores de escassez e estrangulamentos. Expectativas de subida dos preços poderão levar a uma segunda fase de pressão sobre os salários nos próximos trimestres.
18 de Novembro de 2021 às 11:01
A subida acentuada dos preços é na sua maioria transitória, mas a inflação de base poderá permanecer mais elevada por mais tempo, afirma um estudo da DBRS Morningstar, divulgado esta quinta-feira.
No estudo sobre o impacto de uma subida de preços mais elevada na dívida soberana e riscos associados, a DBRS afirma que os principais fatores do aumento da inflação são a energia, transportes, matérias-primas e outros fatores de escassez e estrangulamentos.
O estudo considera que, embora a escassez e os estrangulamentos sejam, na sua maioria, transitórios e a subida dos preços dos produtos de base deva diminuir devido também a efeitos de base, as expectativas de subida dos preços poderão levar a uma segunda fase de pressão sobre os salários nos próximos trimestres.
Ao mesmo tempo, a forte procura de mão-de-obra, juntamente com a ainda baixa participação no mercado de trabalho, poderá aumentar as pressões salariais, indica o estudo.
O estudo considera que algum aumento da inflação pode ser positivo para a sustentabilidade das dívidas soberanas porque baixa as taxas de juro reais, mas adverte que se a tendência permanecer os bancos centrais poderão ter de adotar políticas monetárias mais restritivas para baixar as expectativas.
"Alguma inflação é positiva porque baixa as taxas de juro reais e gera receitas fiscais mais elevadas", comenta Thomas Torgerson, co-head da Sovereign Ratings da DBRS Morningstar.
Contudo, se estas tendências continuarem, os bancos centrais poderão vir a passar de uma menor acomodação de políticas para uma política mais restritiva, necessitando de aumentar as taxas de juro e/ou reduzir a compra de ativos de forma mais agressiva para evitar o desanuviamento severo das expectativas de inflação", comenta Nichola James, co-head da Sovereign Ratings da DBRS Morningstar.
"Um aperto da política monetária mais rápido do que o esperado é controlável desde que seja atempado e credível", adianta Nichola James.
No estudo sobre o impacto de uma subida de preços mais elevada na dívida soberana e riscos associados, a DBRS afirma que os principais fatores do aumento da inflação são a energia, transportes, matérias-primas e outros fatores de escassez e estrangulamentos.
Ao mesmo tempo, a forte procura de mão-de-obra, juntamente com a ainda baixa participação no mercado de trabalho, poderá aumentar as pressões salariais, indica o estudo.
O estudo considera que algum aumento da inflação pode ser positivo para a sustentabilidade das dívidas soberanas porque baixa as taxas de juro reais, mas adverte que se a tendência permanecer os bancos centrais poderão ter de adotar políticas monetárias mais restritivas para baixar as expectativas.
"Alguma inflação é positiva porque baixa as taxas de juro reais e gera receitas fiscais mais elevadas", comenta Thomas Torgerson, co-head da Sovereign Ratings da DBRS Morningstar.
Contudo, se estas tendências continuarem, os bancos centrais poderão vir a passar de uma menor acomodação de políticas para uma política mais restritiva, necessitando de aumentar as taxas de juro e/ou reduzir a compra de ativos de forma mais agressiva para evitar o desanuviamento severo das expectativas de inflação", comenta Nichola James, co-head da Sovereign Ratings da DBRS Morningstar.
"Um aperto da política monetária mais rápido do que o esperado é controlável desde que seja atempado e credível", adianta Nichola James.