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Sócrates considera «absurda» proposta do PSD para reduzir funcionários públicos
O primeiro-ministro José Sócrates e o líder da oposição Marques Mendes trocaram acusações de falta de preparação para diversos dossiers, durante a primeira ronda de intervenções no debate mensal da Assembleia da República.
O primeiro-ministro José Sócrates e o líder da oposição Marques Mendes trocaram acusações de falta de preparação para diversos dossiers, durante a primeira ronda de intervenções no debate mensal da Assembleia da República.
«Eu sei que não há uma segunda oportunidade para emendar uma primeira má impressão. Mas continue a tentar dr. Marques Mendes».
Foi esta a forma escolhida por Sócrates para ironizar a proposta feita pelo PSD sobre a possibilidade de rescindir contratos de funcionários de públicos com ajuda de dinheiros comunitários. O primeiro-ministro garantiu que espera propostas concretas da oposição mas que sejam exequíveis.
Em resposta, Marques Mendes considerou que «em matéria de estudo, [Sócrates] não é exemplo para ninguém».
Para sustentar esta opinião, o líder social democrata recordou o episódio do abandono do projecto da refinaria de Sines e as bases que motivaram José Sócrates a prometer o não aumento de impostos durante a campanha eleitoral.
«Concorda ou não com as rescisões amigáveis na função pública?». O líder Marques Mendes interpelou assim o primeiro-ministro durante o debate mensal na Assembleia, sobre a proposta do PSD para emagrecer o estado.
O primeiro ministro não respondeu directamente à questão mas considerou absurda a proposta laranja.
Marques Mendes considerou que a proposta que apresentou no último congresso do partido «é uma questão de negociar com Bruxelas e ter vontade para o fazer». Neste âmbito o líder laranja recordou quatro áreas em que a Comissão Europeia financia desvinculação laboral: agricultura, sector do açúcar de beterraba, pescas e aço.
Perante o cenário traçado por Marques Mendes, José Sócrates garantiu ser absurda a proposta do PSD, e para justificar tal caracterização, confessou que almoçou com Durão Barroso na segunda-feira e nem sequer se falou disso.