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Siza Vieira: Queda "provável" do PIB no primeiro trimestre "vai ter impacto" nas previsões
"Com a terceira vaga, a perspetiva de crescimento económico neste trimestre é negativa", afirma o ministro da Economia. "A perspetiva para o ano inteiro vai ser menor", reconhece.
A queda "bastante provável" do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2021 terá um impacto negativo sobre as perspetivas para o conjunto do ano, admite Pedro Siza Vieira. O crescimento económico antecipado para este ano, que no mês passado o ministro de Estado e da Economia dizia não ter dúvidas de que iria verificar-se, "vai ser menor" do que o estimado, diz agora.
O ministro falava no encerramento do webinar "O Estado do Turismo", que decorreu esta terça-feira, 9 de fevereiro. "Todos contávamos que tivéssemos, em 2021, uma recuperação mais acelerada, que pudesse, com a retoma da atividade económica e com o crescimento da procura, ajudar a melhorar esta situação e que permitisse que a economia se suportasse a si mesma", começou por dizer.
"Já percebemos que, com a terceira vaga, a perspetiva de crescimento económico neste trimestre é negativa. É bastante provável termos uma quebra do PIB, em cadeia, no trimestre. É verdade que a economia portuguesa tem vindo a surpreender significativamente, mas a quebra da atividade económica vai ter impacto e, por isso, a perspetiva para o ano inteiro vai ser menor", acrescentou.
No mês passado, recorde-se, Pedro Siza Vieira afirmou, em entrevista ao Negócios, não ter dúvidas de que 2021 seria um ano de recuperação económica. Ainda assim, já nessa altura, sublinhava que "a força da retoma" no segundo, terceiro e quarto trimestres" era uma "incógnita" e que, neste momento, "não é importante saber à décima qual o crescimento do PIB".
Perante esse cenário, Pedro Siza Vieira sublinha que o Governo terá de "manter e reforçar os apoios à economia" e reforça que está disponível para prolongar estes apoios "até ao final do presente ano".
Para além da manutenção dos apoios ao emprego e à tesouraria das empresas, o ministro da Economia lembra que "o que é importante é que as empresas não estejam simplesmente a trabalhar para pagar juros de dívida", o que exige um reforço dos instrumentos de capitalização, que "terão de vir, maioritariamente, do setor público". O Governo está, assim, a trabalhar na criação de "instrumentos de quase-capital, dívida convertível ou empréstimos participantes, que permitam às empresas reforçar capitais próprios e reduzir o endividamento".
Já em relação ao setor do turismo, concretamente, Siza Vieira assegura que o Governo vai reforçar o orçamento habitualmente destinado à promoção externa de Portugal, que ronda os 50 milhões de euros por ano. Não revela, contudo, qual será a dimensão desse reforço.
Turismo recebeu 177 milhões a fundo perdido
No âmbito das medidas lançadas pelo Governo para apoiar as empresas afetadas pela pandemia, Pedro Siza Vieira destacou os apoios a fundo perdido e adiantou que as empresas do setor do turismo já receberam 177 milhões de euros.
"Fizemos um esforço muoto grande no sentido de direcionar apoios às empresas. Em concreto, destinámos 2 mil milhões de euros ao setor do turismo, desde o lay-off simplificado, uma medida muito utilizada pelas empresas deste setor, até apoios destinados a manter a tesouraria e a apoiar os custos fixos das empresas, incluindo os custos não salariais", afirmou o ministro.
"No âmbito do programa Apoiar, que visa apoiar a componente dos custos fixos não salariais das empresas, já foram aprovados cerca de 215 milhões de apoios a fundo perdido para empresas de turismo, dos quais 177 milhões já foram pagos", detalhou.
Notícia atualizada pela última vez às 12h35 com mais informação.
O ministro falava no encerramento do webinar "O Estado do Turismo", que decorreu esta terça-feira, 9 de fevereiro. "Todos contávamos que tivéssemos, em 2021, uma recuperação mais acelerada, que pudesse, com a retoma da atividade económica e com o crescimento da procura, ajudar a melhorar esta situação e que permitisse que a economia se suportasse a si mesma", começou por dizer.
No mês passado, recorde-se, Pedro Siza Vieira afirmou, em entrevista ao Negócios, não ter dúvidas de que 2021 seria um ano de recuperação económica. Ainda assim, já nessa altura, sublinhava que "a força da retoma" no segundo, terceiro e quarto trimestres" era uma "incógnita" e que, neste momento, "não é importante saber à décima qual o crescimento do PIB".
Perante esse cenário, Pedro Siza Vieira sublinha que o Governo terá de "manter e reforçar os apoios à economia" e reforça que está disponível para prolongar estes apoios "até ao final do presente ano".
Para além da manutenção dos apoios ao emprego e à tesouraria das empresas, o ministro da Economia lembra que "o que é importante é que as empresas não estejam simplesmente a trabalhar para pagar juros de dívida", o que exige um reforço dos instrumentos de capitalização, que "terão de vir, maioritariamente, do setor público". O Governo está, assim, a trabalhar na criação de "instrumentos de quase-capital, dívida convertível ou empréstimos participantes, que permitam às empresas reforçar capitais próprios e reduzir o endividamento".
Já em relação ao setor do turismo, concretamente, Siza Vieira assegura que o Governo vai reforçar o orçamento habitualmente destinado à promoção externa de Portugal, que ronda os 50 milhões de euros por ano. Não revela, contudo, qual será a dimensão desse reforço.
Turismo recebeu 177 milhões a fundo perdido
No âmbito das medidas lançadas pelo Governo para apoiar as empresas afetadas pela pandemia, Pedro Siza Vieira destacou os apoios a fundo perdido e adiantou que as empresas do setor do turismo já receberam 177 milhões de euros.
"Fizemos um esforço muoto grande no sentido de direcionar apoios às empresas. Em concreto, destinámos 2 mil milhões de euros ao setor do turismo, desde o lay-off simplificado, uma medida muito utilizada pelas empresas deste setor, até apoios destinados a manter a tesouraria e a apoiar os custos fixos das empresas, incluindo os custos não salariais", afirmou o ministro.
"No âmbito do programa Apoiar, que visa apoiar a componente dos custos fixos não salariais das empresas, já foram aprovados cerca de 215 milhões de apoios a fundo perdido para empresas de turismo, dos quais 177 milhões já foram pagos", detalhou.
Notícia atualizada pela última vez às 12h35 com mais informação.