A situação económica nos países da zona euro continuou a melhorar nos últimos meses, confirmando-se uma recuperação gradual da actividade interna, em particular no sector industrial, informa o Banco Central Europeu (BCE) no seu relatório mensal.

O aumento em 50 pontos base das três principais taxas de juro do BCE, no início do mês de Novembro, ajudou a conter as expectativas inflacionistas e será, segundo o mesmo relatório, um importante contributo para a manutenção de um ritmo de crescimento não inflacionista a médio prazo.

Considerando a evolução dos mercados financeiros, a reacção à subida das taxas de juro pelo BCE foi favorável, «tendo as taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo, na área euro, descido no início de Novembro, dado que os intervenientes no mercado reavaliaram em sentido descendente as suas expectativas quanto à inflação no futuro».

No entanto, esta descida foi em grande parte invertida na segunda parte do mês de Novembro, devido às repercussões da subida das taxas de juro de longo prazo nos EUA, após um aumento das taxas de juro oficiais, uma subida nos preços do petróleo e ainda pela descida do euro.

No início deste mês, as taxas de juro de longo prazo na área euro apresentavam-se ligeiramente inferiores às do final de Outubro, tendo a taxa de câmbio efectiva nominal descido cerca de 3,25%.

O dólar americano fortaleceu-se face ao euro, em Novembro, tendo também o iene apreciado face à moeda europeia. Contudo, numa análise prospectiva, o BCE prevê uma diminuição das diferenças de crescimento entre as principais regiões económicas, confirmando o potencial de apreciação do euro.