O secretário-geral da confederação europeia de sindicatos, John Monks, que se reúne hoje com a UGT e a CGTP, defende programas de redução de salários, subsidiados pelo Estado, como uma "boa alternativa ao desemprego".

Em entrevista ao "Diário Económico", John Monks defende que os programas implementados na Alemanha, Holanda e Áustria sejam estendidos a outros países.

"O que acontece é que um funcionário fica a trabalhar e a ganhar apenas três dias por semana, mas recebe nos outros dois dias subsídio de desemprego e, nalguns casos, faz um curso de formação profissional nesse período", explica.

A ETUC promoveu esta solução junto dos sindicatos de vários países, mas poucos aceitaram. "Uns não quiseram, outros não viam recursos suficientes para esses programas, outros receavam abusos dos empregadores", afirma.

Em Portugal, o Governo avançou, em 2008, com um programa especial de apoio ao tradicional 'lay-off', que garantia aos trabalhadores de empresas em dificuldades um programa mais generoso de comparticipação de salários e de formação.

A candidatura a este programa exigia, no entanto, que a empresa provasse que estava em situação difícil mas que tinha um plano sólido de viabilidade.