Notícia
Sindicato dos inspetores do SEF marca greve de três dias devido à falta de efetivos
O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, disse à agência Lusa que os três dias de greve vão decorrer em todos os locais onde prestam serviço os inspetores deste serviço de segurança.
14 de Outubro de 2020 às 19:20
O Sindicato que representa os inspetores do SEF marcou hoje uma greve para os dias 22 de outubro, 26 de novembro e 16 de janeiro por falta de efetivos e de investimento na formação.
O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, disse à agência Lusa que os três dias de greve vão decorrer em todos os locais onde prestam serviço os inspetores deste serviço de segurança.
Segundo sindicato, os inspetores exigem um "reforço urgente dos recursos humanos e de um maior investimento na formação dos inspetores, por forma a combater fenómenos de extremismo e de radicalização"
"A falta de recursos e de investimento no SEF é gritante e tem revelado grandes dificuldades em áreas vitais e, consequentemente, tem projetado uma imagem negativa do serviço prestado", afirmou Acácio Pereira.
O sindicalista sublinhou que, num quadro crítico de segurança mundial como o que se vive atualmente, os inspetores "não podem aceitar uma responsabilização pelo mau serviço do SEF", sendo a responsabilidade "exclusivamente, da incapacidade política para dar resposta às necessidades básicas de um serviço de segurança essencial para a segurança de Portugal e dos países europeus dos quais Portugal é fronteira externa".
De acordo com o sindicato, os inspetores do SEF consideram também que é necessário ser criada uma escola própria para capacitar os recursos humanos, sobretudo nas áreas da sociologia das migrações, da proteção de vítimas, e das informações de segurança, tendo este pedido já sido feito em 2019 no congresso desta estrutura sindical.
"A formação dos inspetores em áreas específicas é crucial para a defesa dos direitos humanos e para a proteção das vítimas, bem como para combater fenómenos de abuso, prepotência e racismo", referiu, acrescentando que os inspetores querem também "libertar-se de trabalhos administrativos e de mero controlo documental, para se focarem mais na sua competência de segurança, de investigação criminal e de proteção das vítimas".
Para Acácio Pereira, o SEF "tem uma especificidade única enquanto polícia de imigração integral e deve dedicar-se prioritariamente à investigação criminal, à prevenção e ao combate ao terrorismo e, também, à proteção das vítimas do tráfico de seres humanos".
Acácio Pereira considerou ainda que os três dias de greve foram convocados porque o diálogo com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita "não se traduziu em decisões consequentes em matérias fundamentais para o funcionamento" deste serviço de segurança, como a revisão e modernização do estatuto de pessoal do SEF, descongelamento das vagas de admissão de novos inspetores previstas no Orçamento do Estado deste ano e a abertura de concursos de promoção às várias categorias, que não ocorre há mais de 15 anos.
O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, disse à agência Lusa que os três dias de greve vão decorrer em todos os locais onde prestam serviço os inspetores deste serviço de segurança.
"A falta de recursos e de investimento no SEF é gritante e tem revelado grandes dificuldades em áreas vitais e, consequentemente, tem projetado uma imagem negativa do serviço prestado", afirmou Acácio Pereira.
O sindicalista sublinhou que, num quadro crítico de segurança mundial como o que se vive atualmente, os inspetores "não podem aceitar uma responsabilização pelo mau serviço do SEF", sendo a responsabilidade "exclusivamente, da incapacidade política para dar resposta às necessidades básicas de um serviço de segurança essencial para a segurança de Portugal e dos países europeus dos quais Portugal é fronteira externa".
De acordo com o sindicato, os inspetores do SEF consideram também que é necessário ser criada uma escola própria para capacitar os recursos humanos, sobretudo nas áreas da sociologia das migrações, da proteção de vítimas, e das informações de segurança, tendo este pedido já sido feito em 2019 no congresso desta estrutura sindical.
"A formação dos inspetores em áreas específicas é crucial para a defesa dos direitos humanos e para a proteção das vítimas, bem como para combater fenómenos de abuso, prepotência e racismo", referiu, acrescentando que os inspetores querem também "libertar-se de trabalhos administrativos e de mero controlo documental, para se focarem mais na sua competência de segurança, de investigação criminal e de proteção das vítimas".
Para Acácio Pereira, o SEF "tem uma especificidade única enquanto polícia de imigração integral e deve dedicar-se prioritariamente à investigação criminal, à prevenção e ao combate ao terrorismo e, também, à proteção das vítimas do tráfico de seres humanos".
Acácio Pereira considerou ainda que os três dias de greve foram convocados porque o diálogo com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita "não se traduziu em decisões consequentes em matérias fundamentais para o funcionamento" deste serviço de segurança, como a revisão e modernização do estatuto de pessoal do SEF, descongelamento das vagas de admissão de novos inspetores previstas no Orçamento do Estado deste ano e a abertura de concursos de promoção às várias categorias, que não ocorre há mais de 15 anos.