“O pedido de ajuda já devia ter sido feito. É um plano mau. Disse há uns tempos que tinha medo do FMI, mas sem ele é bem pior. Por isso tenho mais medo que não venham”, afirmou o responsável à margem da conferência “Conselho Europeu de 24 e 25 de Março: Novas Vestes da União Europeia?”, a decorrer na Faculdade de Direito de Lisboa.

“As medidas serão muito recessivas, vão-nos obrigar a reformas estruturais, algumas muito impopulares. Eles vão impor controlos muito violentos nos salários”, afirmou sublinhando que “vão mesmo reduzir salários.”

“Isto tudo só era evitável, se nos emprestassem muito dinheiro, Mas depois como é que a gente lhes paga”, questionou.

Silva Lopes defende que “o pedido de ajuda só pode ser feito por uma coligação partidária porque é preciso negociar as condições do empréstimo e nenhum partido pode fazê-lo sozinho. O Presidente da República devi ter ameaçado os partidos. Devia ter forçado o PS e o PSD a negociar em conjunto um programa de ajuda.”

Na sua opinião “a seguir às eleições [os partidos] vão fazer um acordo. Não tenho duvida nenhuma.”