O Banco Santander, através do seu serviço de banca privada Banif, prevê que a economia espanhola cresça 0,5% em 2011, um valor muito abaixo da meta do governo espanhol (1,3%) e das previsões do Banco de Espanha (0,8%). O banco avança que o governo espanhol não conseguirá cumprir a redução do défice público abaixo dos 6% do Produto Interno Bruto (PIB), mantendo-se, segundo as previsões do Santander, nos 6,7%.

Já o BBVA prevê um crescimento da economia espanhola para o terceiro trimestre do ano entre os 0,1% e os 0,2%, afiançando contudo que o governo castelhano estará “cada vez mais perto” de alcançar a meta de 9,3% do PIB para o défice neste ano.

Os dois bancos, em dois relatórios separados, concordam que a economia espanhola terá uma recuperação “sustentada”, mas não tão “próspera” como as previsões oficiais querem fazer crer.

O “parco crescimento”, contudo, previsto pelo Santander, terá pontos positivos, segundo o relatório citado pelo “El Mundo”: com a consolidação da dívida, o Estado espanhol verá o diferencial da dívida face às “bunds” alemãs situar-se em níveis “mais razoáveis” de 10-125 pontos base, longe dos 170 pontos de agora.

O BBVA afastou a possibilidade de uma “recaída” no PIB, algo que já esteve em cima da mesa, enquanto realça que os resultados do último trimestre no que toca à deterioração do investimento empresarial em Espanha – que registou uma desaceleração no terceiro trimestre, segundo o “El Mundo” - são decorrentes “da consolidação fiscal” levada a cabo pelo Estado.