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Rt subiu para 0,9 e PSD rejeita abertura das escolas com indicador acima de 1
O líder do PSD está preocupado com a ascendência do índice de transmissibilidade Rt e rejeita abrir as escolas se o valor do indicador ultrapassar o 1.
Os sociais-democratas foram dos partidos mais críticos do Governo em relação à falta de um plano de desconfinamento, mas agora a situação é outra e Rui Rio admite que o que o PSD queria tem vindo a ser feito: "Queríamos que se definissem alguns indicadores, linhas verdes, para elevar ou diminuir o confinamento e esses indicadores tendem a ser os casos acumulados por 100 mil habitantes a 14 dias, o valor do Rt e o número de internados em unidades de cuidados intensivos".
Rui Rio confirmou ainda que o Governo deve seguir um modelo de desconfinamento muito semelhante ao sugerido na segunda-feira por Raquel Duarte e Óscar Felgueiras. O país vai desconfinar por níveis utilizando a escala fornecida pelos especialistas mas Rio adianta que ainda não está decidido que medidas a aplicar a cada setor. Depois, "no caso de o país não ser homogéneo, há que fazer um desconfinamento faseado por regiões", adiantou, considerando a estratégia "adequada". Mas a delimitação das regiões permanece um problema e o líder do PSD considera que a melhor maneira seria "confinar quando há um núcleo mais forte em um ou dois concelhos, e nos seus concelhos limítrofes", que devem adotar o nível de desconfinamento do concelho mais afetado.
Com o levantamento das medidas em andamento, os sociais-democratas defendem que "os testes sejam acelerados e que haja uma testagem em massa para evitar voltar atrás" e não compreendem a decisão de testar os professores do ensino público e excluir os do ensino privado "porque o vírus não passa mais ou menos consoante as escolas sejam públicas ou privadas e estamos perante um caso de saúde pública, não política de educação". O PSD espera assim que o Governo reverta esta decisão.
Outra discussão relativa às escolas é se estas devem ou não seguir os níveis de abertura previstos. O PSD acredita que sim, mas "o governo diz que os técnicos acham que as escolas deveriam ser uniformes em todo o país", e abrir ou fechar em simultâneo. Rio considera que a medida prejudica alunos nas zonas onde a pandemia deixa aliviar as medidas.
Quanto à sucessiva renovação do estado de emergência, Rui Rio garantiu que o seu partido não alterará o sentido de voto, mas lamenta que não exista um quadro jurídico que "não banalize e agilize o estado de emergência". Nesse sentido, o partido está disponível para ajudar a fazer nova legislação.