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Ventura antecipa liberdade de circulação com recolher obrigatório e restauração ainda encerrada

O reeleito líder do Chega adiantou que o plano de desconfinamento deverá devolver a liberdade de circulação, embora com o estabelecimento de uma hora de recolher obrigatório. A venda ao postigo pode avançar no próximo estado de emergência, porém André Ventura que a "restauração se manterá encerrada".

Miguel Baltazar
10 de Março de 2021 às 12:52
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Depois da conversa mantida esta manhã com o Governo, primeiro, e depois com o Presidente da República, o presidente reeleito do Chega antecipou que a partir de segunda-feira regresse um "regime semelhante" àquele que estava em vigor antes do confinamento generalizado em vigor desde janeiro.

Ventura adiantou que deverá regressar a liberdade de circulação, mas com recolher obrigatório a partir de uma determinada hora, havendo ainda espaço a casos específicos de concelhos mais atingidos pela crise pandémica que permaneçam sob maiores restrições. Ou seja, nesses casos "manter-se-ão restrições à circulação entre concelhos". À imagem do que ainda agora sucede, o regime de reabertura inclui a "diferenciação" entre os dias de semana e os de fins de semana.

Já no que concerne à atividade comercial, e apesar de o Governo não ter ainda definido que tipo de atividades vão reabrir, das ideias trocadas com o Executivo socialista, André Ventura ficou com a impressão de que, "provavelmente", haverá a possibilidade de "venda ao postigo", enquanto que a restauração deverá manter-se encerrada ao contrário do que defende o Chega, disse.

Está também prevista para esta primeira fase de desconfinamento a "reabertura de livrarias", estando ainda em cima da mesa a possibilidade de abertura de "cabeleireiros", ficando o regresso à atividade de outros setores para uma "segunda fase" e de forma progressiva.

Regresso à escola só para creches e pré-escolar
Relativamente às escolas, estas "poderão ter um sinal de abertura", designadamente as "creches e ensino pré-escolar", devendo essa reabertura ser "acompanhada de testagem massiva a estes níveis de ensino".

O líder populista não deixou de tecer críticas ao que considera "uma espécie de desconfinamento ainda muito limitado", até porque o Chega pretendia uma "reabertura maior dos setores". "Ao Presidente da República demos conta da nossa crítica a este plano", disse Ventura garantindo ter feito esta mesma crítica na conversa hoje mantida com o Executivo.

Na ótica do Chega, a ideia essencial presente nas intenções do Governo assenta num processo gradual e dividido em diversas fases, contudo Ventura preferia um plano com apenas "duas fases para evitar a confusão" de várias fases.

Recuperando uma crítica que vem sendo feita pelo Chega, mas que é por exemplo partilhada pela Iniciativa Liberal ou pelo PCP, André Ventura antecipou que o Governo vai apresentar um diploma, que será depois discutido em sede parlamentar, a fim de tornar possível ao poder executivo "regular situações" sem recurso ao estado de emergência, desde logo para evitar a "banalização" deste regime de exceção.
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