Notícia
Ricardo Salgado:"Intervencionismo estatal nos bancos não vai aumentar o grau de confiança"
O CEO do BES referiu-se hoje à eventual entrada do Estado no capital dos bancos como consequência da necessidade destes se capitalizarem, classificando-a de "delicada" e relembrando as experiências com as "golden shares". Veja aqui o vídeo.
07 de Novembro de 2011 às 19:17
A cerimónia de entrega dos Prémios Exportação, atribuídos em parceria pelo Negócios e pelo BES, serviu de palco para Ricardo Salgado se pronunciar sobre o possível recurso dos bancos à linha de crédito de 12 mil milhões de euros disponível no âmbito da troika.
O líder do BES começou por defender o papel dos bancos na economia nacional, referindo que “o sector bancário tem sido um elo forte” e que se tem “portado de uma maneira admirável”.
Salgado lembrou igualmente que “os bancos vão cobrir o défice do Estado” e que “quando os bancos estrangeiros pediram o reembolso dos créditos das empresas públicas, a banca portuguesa mais uma vez participou”.
Sobre a possível entrada do Estado no capital dos bancos, Ricardo Salgado queixou-se que “a legislação aponta para um intervencionismo do Estado nos bancos”, o que, a seu ver, é “delicado”.
Além disso, segundo a mesma legislação, a participação do Estado seria feita através de “alguma coisa parecida com uma ‘golden share’”.
Ricardo Salgado lembra que essas participações foram recentemente proibidas e que “dificultam os mercados de capitais, porque os mercados não entendem essa distorção” nos tipos de acções.
O líder do BES começou por defender o papel dos bancos na economia nacional, referindo que “o sector bancário tem sido um elo forte” e que se tem “portado de uma maneira admirável”.
Sobre a possível entrada do Estado no capital dos bancos, Ricardo Salgado queixou-se que “a legislação aponta para um intervencionismo do Estado nos bancos”, o que, a seu ver, é “delicado”.
Além disso, segundo a mesma legislação, a participação do Estado seria feita através de “alguma coisa parecida com uma ‘golden share’”.
Ricardo Salgado lembra que essas participações foram recentemente proibidas e que “dificultam os mercados de capitais, porque os mercados não entendem essa distorção” nos tipos de acções.