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Restrições de venda de arroz estendem-se a alguns supermercados britânicos
Os proprietários de alguns estabelecimentos britânicos juntaram-se às restrições de venda de arroz anunciadas pela cadeia de distribuição norte-americana Wal-Mart, presente no Reino Unido através dos supermercados Asda.
Os proprietários de alguns estabelecimentos britânicos juntaram-se às restrições de venda de arroz anunciadas pela cadeia de distribuição norte-americana Wal-Mart, presente no Reino Unido através dos supermercados Asda.
De acordo com a informação publicada pelo diário "The Times" na sua edição "online", a principal empresa importadora de arroz basmati do Reino Unido, Tilda, informou que alguns dos seus clientes optaram por restringir o fornecimento aos seus consumidores para dois pacotes por pessoa, refere a agência Europa Press.
Neste sentido, um representante da Tilda indicou que a medida foi adoptada essencialmente nos estabelecimentos "cash & carry", que servem sobretudo restaurantes chineses e indianos, de forma a travar o açambarcamento de arroz por parte de alguns clientes mais receosos com as notícias sobre a escassez deste cereal, cuja cotação já subiu este mês 26% nos mercados internacionais. No consumidor britânico, o preço do arroz da variedade basmati aumentou entre 100% e 120% desde 2006, salienta a Europa Press, citando a Associação do Arroz de Londres.
Alguns dos principais países exportadores de arroz, como o Vietname, a China e o Egipto, já começaram a tomar medidas de protecção, reduzindo a oferta para os mercados mundiais de forma a terem alimento suficiente para as suas populações.
O diário "Emirates business" indicou que as reservas mundiais de arroz caíram para o nível mais baixo desde 1983-84, especialmente nos EUA, onde os inventários de arroz estão no nível mais reduzido desde 1974.
EUA racionam oferta para 36 quilos por pessoa
Os receios de que o arroz desapareça das prateleiras dos supermercados nos EUA dissiparam-se hoje, quando o Sam’s Club, filial da gigante norte-americana da distribuição Wal-Mart, anunciou ter limitado a venda de arroz branco importado aos seus clientes um máximo de quatro pacotes (com cerca de 9 quilos cada um).
A decisão levou o preço do cereal a um novo máximo histórico e a acumular um ganho de 26% desde o início do mês, o maior desde Outubro de 1993. Esta manhã, em Chicago, o arroz atingiu, pela primeira vez os 25,01 dólares.
A cadeia Sam"s Club decidiu limitar as vendas de arroz basmati, jasmim e agulha, a quatro pacotes por cliente, devido à subida do preço do cereal nos últimos meses. O retalhista garantiu que a medida é "temporária" e que tem muito arroz para os seus clientes. A decisão não tem efeito nos Estados do Idaho e do Novo México.
A Tailândia, que fornece cerca de um terço das exportações mundiais, poderá também restringir as vendas, de acordo com o Banco Mundial. "Temos negligenciado as nossa infraestruturas básicas de produção de arroz, pesquisa e desenvolvimento nos últimos 15 anos", comentou Robert Zeigler, director geral do Instituto Internacional de Pesquisa de Arroz nas Filipinas.
No Brasil, o ministro da Agricultura já admitiu que o país pode diminuir as exportações para aumentar os inventários internos. O Governo de Lula da Silva está a tentar chegar a acordo com os produtores de forma a garantir que o país tem arroz suficiente.
O Japão, maior importador de arroz do mundo, vai apelar à Organização Internacional de Comércio, que impeça os países de limitarem as exportações.