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Rendimentos dos portugueses sobem em 2021 mas continuam na cauda da UE

Segundo o Eurostat, os rendimentos dos portugueses subiram em 2021 face ao ano anterior, mas continuaram entre os mais baixos da União Europeia, quando medidos em paridade de poder de compra. Em média, cada português teve 11.089 euros em 2021.

Famílias ainda não recuperaram rendimentos de antes da crise.
Miguel Baltazar
13 de Janeiro de 2023 às 12:04
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O rendimento disponível médio dos portugueses, em paridade de poder de compra, voltou a subir em 2021, mas Portugal continua na cauda da União Europeia (UE), com apenas seis Estados-membros, dos quais apenas dois da Zona Euro, a apresentarem salários inferiores aos dos portugueses. 


O Eurostat divulgou nesta sexta-feira, 13 de janeiro, dados referentes à desigualdade de rendimentos na UE. Em 2021, o rendimento disponível médio foi de 18.019 PPS (unidades de paridade de poder de compra) na UE, variando de forma considerável entre os Estados membros: entre um máximo de 32.132 PPS registado no Luxemburgo e um mínimo de 8.703 PPS na Roménia. 


Portugal fica no fim da tabela. Em 2021, o rendimento disponível médio dos portugueses foi de 12.404 PPS, ficando acima apenas dos valores registados em seis países da UE (Letónia, Croácia, Hungria, Grécia, Bulgária e Roménia, por ordem decrescente) e, portanto, só dois que compunham a Zona Euro nesse ano (Letónia e Grécia). Em comparação com a média da UE, os rendimentos dos portugueses têm "um corte" de quase um terço (31,2%).


Segundo a série histórica do gabinete de estatísticas europeu, o rendimento dos portugueses, medido em paridade de poder de compra, voltou a subir em 2021 (0,5%), mas o crescimento foi ligeiro (de 0,5%) e em abrandamento face ao registado no ano anterior (quando cresceu 6,3%). 

A forma como o rendimento é distribuído na sociedade mostra a forma como os indivíduos têm um acesso aos bens e serviços produzidos pela economia nacional. A medida usada pelo Eurostat, e que é considerada das mais importantes para analisar desigualdades, é a média do rendimento disponível equivalente (que corresponde ao rendimento total das famílias depois de impostos e de poupanças e dividido pelo número de membros do agregado, que são depois equiparados entre si pelo peso que têm de acordo com a sua idade, de acordo com a escala de equivalências da OCDE).

Essa média é expressada por habitante em paridade de poder de compra, mas o Eurostat também a revela em euros e na moeda nacional do Estado-membro.


Assim, e de acordo com o gabinete de estatística europeu, o rendimento médio disponível de cada português atingiu os 11.089 euros. Este valor representa um aumento de 2,7% (mais 289 euros) face a 2020, quando o rendimento médio dos portugueses foi de 10.800 euros. 


Portugal volta a ficar muito abaixo da média da UE (que foi de 20.894 euros) e dos 19 países do euro em 2021 (23.711 euros). Só em nove Estados-membros (dos quais apenas três da Zona Euro) é que os rendimentos disponíveis médios por adulto equivalente eram inferiores.

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